
Com Piris e Denilson como especialistas na lateral direita e na cabeça de área, respectivamente, a capacidade de Jean em executar as duas funções deve ser útil a Adilson Batista, no máximo, no decorrer dos jogos. O camisa 2, que atuou em 40 dos 41 jogos do time em 2011, já ouve o discurso de que "todos são importantes no elenco".
"Às vezes o atleta tem uma queda, isso é normal. Tem essa adaptação de lateral para volante, o jogo, o adversário. Mas confio nele. Converso para todos ficarem à disposição, porque posso segurar um, utilizar outro, tem problema de cartão... É assim que a gente trabalha", apontou o treinador.
Adilson é elogiado publicamente pelos jogadores por sua dedicação com quem não é titular, comandando treinamentos com o mesmo nível de cobrança nos dias seguintes aos jogos, somente com reservas em campo. Jean, tido como fundamental pelos antecessores do técnico, deve ter de se encaixar entre eles.
O chefe até o elogia para motivá-lo. "Sei da regularidade, importância e o número de jogos que o Jean fez. Quando o enfrentava, via a sua força, chegada e as dificuldades que tínhamos em ultrapassá-lo. Ele tem um vigor físico muito bom", enalteceu.
Todas estas características, contudo, não são suficientes para tirar a posição dos recém-contratados Piris e Denilson. O volante emprestado pelo Arsenal já é até considerado vital à equipe, tanto que Jean não conseguiu suprir a sua ausência, por suspensão, na derrota de domingo para o Vasco, no Morumbi.
"O Denílson é o meu primeiro volante. Senti falta dele, tem muita qualidade e foi muito importante nos dois jogos em que atuou. No primeiro [empate por 2 a 2 com o Atlético-GO], sentiu a adaptação, a parte física, o que é normal, mas no segundo já jogou muito bem. Infelizmente, foi expulso", disse Adilson, lembrando do cartão vermelho recebido pelo meio-campista por fazer falta e reclamar na vitória por 4 a 3 sobre o Coritiba.
Adilson mantém sua convicção de esconder a escalação para dificultar o trabalho do adversário, mas deve escalar contra o Bahia, na quinta-feira, o seguinte time: Rogério Ceni; Piris, Rhodolfo, Luiz Eduardo e Juan; Denilson, Carlinhos Paraíba, Wellington e Rivaldo; Lucas e Dagoberto. "Não vai fugir muito disso", admitiu o técnico.
