
No ataque, o camisa 10 fez gol na estreia do técnico no São Paulo, no empate com o Atlético-GO no Morumbi
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Com Paulo César Carpegiani, Rivaldo se sentiu humilhado por não entrar em campo nem no decorrer de jogos decisivos. Com Adilson Batista, porém, o veterano é titular absoluto, saindo do time só para ser preservado fisicamente. Confiança que o camisa 10 retribui fazendo até o que reclamou durante seu auge no Barcelona, entre o fim dos anos 90 e o início deste século: atuando no ataque.
O meia se dispõe a ficar como referência na área para suprir a deficiência do esquema que tem na frente apenas Dagoberto e Lucas, que têm como característica recuar enquanto se movimentam. "Para não ficarmos os três no meio-campo, vou para a frente para ficar entre os dois zagueiros. Não é a minha posição, mas procuro ocupar como atacante quando vejo o espaço", afirmou o atleta que chegou a ser afastado pelo técnico holandês Louis Van Gaal no Barcelona por se recusar a ser escalado na frente.
O melhor jogador do mundo em 1999, hoje com 39 anos, diz fazer sempre o que o chefe pede, e ouviu o posicionamento como centroavante já na estreia de Adilson, quando, na posição, marcou de cabeça o segundo gol do empate por 2 a 2 com o Atlético-GO. Sacado sem reclamar no momento em que a partida exige mais desgaste, Rivaldo se dispõe a atuar como o técnico quiser. Ser "homem de confiança" é um orgulho.
"Fico bem feliz de saber que ele me tem como uma pessoa importante, em quem ele confia. Tento sempre ajudar o treinador e os jogadores, sempre procuro conversar. Ele me chama, pede uma opinião pela minha experiência, e isso é bom. Procuro passar as coisas positivas que o São Paulo tem", relatou, convocando os colegas a se empenharem pelo sucesso pessoal do comandante.
"É um grande treinador que tem futuro, um dia pode chegar até à seleção. No futuro, vão ver que estou certo. Só que ele precisa ganhar, e o clube e os jogadores têm que conseguir este título por ele", incentivou, assegurando que não é somente ele que está satisfeito com as duas semanas de trabalho do chefe - que somou quatro dos sete pontos que disputou pelo Tricolor.
"É difícil saber se ele está tranqüilo, mas confiança ele tem. Os treinamentos são ótimos. Todos os jogadores conversam comigo e estão contentes com os treinos", relatou Rivaldo. "Às vezes as coisas não saem bem. Ele não conseguiu a primeira vitória em casa, mas vamos tentar conseguir por ele", prometeu, de olho no confronto de quinta-feira, contra o Bahia.