Com os ânimos acirrados após a eliminação da Copa do Brasil e esperando algum tipo de protesto no desembarque da delegação são-paulina, após a derrota por 3 a 1 para o Avaí, o clube montou um verdadeiro esquema de segurança no Aeroporto de Congonhas. O revés em Santa Catarina ainda culminou na demissão do técnico Paulo César Carpegiani e parte da comissão técnica.
Além dos habituais seguranças, que já trabalham diariamente no Morumbi ou no CT da Barra Funda, a diretoria contratou mais homens, todos a paisana, para ajudar na ação. A expectativa era de que torcedores comparecessem ao local para protestar, mas apenas um são-paulino revoltado resolveu aparecer. Apesar de solitário, ele entoou gritos contra Marlos, Juan e Jean, além de pedir para que Juvenal Juvêncio, presidente do clube, faça uma limpeza no elenco.
Do lado de fora do saguão de desembarque, policiais militares também estavam a postos caso algum tumulto acontecesse. Um deles portava uma metralhadora, que chamou a atenção de quem estava no local.
Muito abatidos, os jogadores foram direto para o ônibus do clube e não atenderam à imprensa, com exceção de Rivaldo, que falou rapidamente. Sobre a saída ou não de Carpegiani, o camisa 10 preferiu não se pronunciar.
- Aqui estão o presidente e a diretoria, eles que devem analisar e ver não só o treinador. Tem que analisar em geral o que está certo e errado no São Paulo, para poder concertar. É um time grande, que tem muitos títulos, que não pode ficar nessa situação - afirmou.
Após a eliminação, o elenco ganhou folga de três dias e se reapresenta no CT da Barra Funda na próxima segunda-feira à tarde.