Saída do Corinthians pode inviabilizar transmissão do Brasileiro

Caso negocie com uma empresa diferente da que o C13 escolher, alguns jogos deixarão de ser exibidos na TV aberta

Fonte IG
A possível saída corintiana do Clube dos 13 tumultuaria a transmissão de jogos do Campeonato Brasileiro a partir de 2012 e reforça a queda de braço entre a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o C13. Andrés Sanchez é o principal aliado de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, enquanto Fábio Koff (que comanda a entidade dos clubes) tem ao lado Juvenal Juvêncio, do São Paulo.
Sem o Corinthians (único dos 20 integrantes que oficializou até o desejo de deixar a entidade), o Clube dos 13 admitiu que o valor de uma negociação para transmissão de jogos pode diminuir. Mas cria a possibilidade de partidas não poderem ser transmitidas porque cada time pode estar acertado com uma emissora diferente. É o direito de arena.
“Se um é Globo e outro Record, por exemplo, não é possível transmitir a partida. Os dois times precisam receber valores para a transmissão de um jogo, portanto se um tem acordou e outro não também inviabiliza”, explicou a advogada Gislaine Nunes.
A direção do Corinthians reclama em receber os mesmos valores de Palmeiras, São Paulo e Vasco. Alega que dá uma audiência maior do que esses adversários, com exceção de Flamengo (os demais recebem menos). Os são-paulinos e Fábio Koff defendem fechar com a empresa que pagar mais. Andrés Sanches e Patrícia Amorim, presidente do Fla, são a favor da Globo, o que agrada Ricardo Teixeira.
“Não estou fechado com nenhuma emissora”, disse Sanchez. Ele, porém, está irritado com a TV Record, que no final de semana fez uma reportagem mostrando problemas na preparação do time para a Libertadores e entrevistou desafetos.
O iG apurou que o C13 acha que a licença do Corinthians foi uma maneira de pressionar outros clubes para que a Globo vença, mesmo se a proposta for menor. Existem alguns problemas jurídicos para um clube negociar separadamente os direitos de transmissão e o principal deles é o direito de arena.
Este prevê que a os dois clubes em campo precisam receber dinheiro pela transmissão. Ou seja: quem pagar ao Corinthians tem que pagar ao adversário também. E se eles estiverem fechados com emissoras diferentes?
"Não há como remunerar um sozinho, se são dois clubes. Não vejo como ganhar mais com essa hipótese de negociação separada. Se o C13 negocia com uma rede de televisão e o Corinthians com outra, como fica? Se tiver outro clube junto, ele pode negociar apenas dois jogos por exemplo”, disse Fábio Koff.
O presidente do Corinthians aposta que outros clubes podem seguir a sua decisão, principalmente o Flamengo. Koff diz não acreditar em saídas de outras equipes da entidade e até ironizou a possibilidade de Andrés vender jogos em separados.
"Se ele conseguir outro clube que negocie com ele, fora do Clube dos 13, ele pode vender o direito de transmissão apenas desse confronto. Se conseguirem R$ 60 milhões para duas partidas, digo parabéns e até dou um abraço nele. Eu, se fosse presidente do Grêmio faria o mesmo", afirmou o dirigente.
Se mais clubes seguirem o Corinthians pode acontecer de metade dos jogos do Brasileiro, por exemplo, não serem televisionados, já que partidas entre concorrentes de acordo não poderão passar. Mas por que o Corinthians arrisca ficar sem jogos transmitidos? Uma teoria levantada é que Sanchez aposta que a Globo vencerá a disputa no C13 e ele, sozinho ou com aliados, pode fechar um acordo mais vantajoso e ter todas as partidas liberadas para transmissão.
Divisão
O racha dentro da entidade criada em 1987 como oposição à desorganização da CBF começou em abril de 2010, quando Fábio Koff e Kleber Leite, ex-presidente do Flamengo, disputaram a presidência do Clube dos 13.
Apoiado por Sanchez e outros clubes (Corinthians, Botafogo, Goiás, Coritiba, Vasco, Santos e Cruzeiro), Leite tinha o aval também de Ricardo Teixeira, que queria enfraquecer Koff justamente para que a Globo, parceira da CBF, não perdesse na negociação dos direitos de transmissão.
Koff ganhou por 12 a oito, mais apertado do que imaginava, e prometeu criar um mecanismo que não privilegiasse emissoras na escolha do vencedor para os anos 2012/2013/2014. O ajudou decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que proibiu a Globo de ter preferência na compra dos direitos (cobrir a proposta do concorrente, por exemplo).
Em 2011, o Corinthians conseguiu se aproximar do Flamengo ( que votou em Koff) , também um clube de massa, e pressionou o C13 para ter um valor a receber maior do que São Paulo, Vasco e Palmeiras. Com negativa, ameaçou deixar a entidade, o que pode ser concretizado até quinta-feira.
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