- Isso é um projeto que comecei a buscar: ser um jogador completo. Comecei isso com um amigo cientista. E queria ser completo como? Marcando e fazendo desarmes, como sempre fiz, e crescendo no número de assistências e gols. Mantenho minha média de 3 a 4 desarmes por jogo, e cresci nos outros fundamentos. Em 2007 fiz 5 gols e uma assistência, e hoje eu cresci graças a esse trabalho, aprendi a ser completo - afirmou o volante do São Paulo.
Segundo Hernanes, o trabalho com o professor - indicação de um de seus empresários - começou em 2008 e durou seis meses. Naquela temporada, coincidência ou não, o Tricolor foi campeão brasileiro, o volante foi eleito o craque da competição e marcou sete gols. No início deste ano, o auxílio do mentor voltou, e ele já marcou nove vezes entre Campeonato Paulista e Taça Libertadores. Ano passado, Hernanes fez dez gols durante o ano todo. Para ser completo, o camisa 10 tem investido não só em trabalho físico, mas também em literatura.
- Esse meu amigo me deu uns livros, atualmente estou lendo dois. Um sobre coordenação motora, outro que fala de visão periférica. Tem todo um embasamento científico. Você tem que fazer a mesma coisa com os dois pés, de um lado e de outro do campo, mais à frente, mais atrás. Assim você se torna completo. O futebol é muito empírico, você só aprende praticando - disse Hernanes.
O craque buscou o professor para poder conhecer melhor seu próprio corpo e suas capacidades. Nas categorias de base do São Paulo, Hernanes sempre foi reserva e atribui isso ao fato de ter saído do futsal. Lá, ele só sabia driblar e precisava ganhar força nas pernas para jogar no campo.
- Aprendi muita coisa, ganhei força para jogar. Já tinha ouvido falar desse cientista, e meu empresário indicou para que pudesse fazer esse trabalho. Vocês conhecerão esse professor na hora certa - prometeu o atleta, sobre seu novo mentor.