O São Paulo se prepara para enfrentar o Cruzeiro nesta quarta-feira, pelas quartas de final da Copa Libertadores, ciente que, se não conquistar um resultado positivo no Mineirão, vai ser novamente criticado e vaiado por seu torcedor. As cobranças já foram exacerbadas após a complicada classificação diante do Universitario-PER. Desta vez, o elenco quer preservar a atmosfera atual e, para isso, tenta 'blindar' o técnico Ricardo Gomes.
"Não acho justas essas vaias, principalmente em um momento tão importante para a atmosfera e para a nação são-paulina. Alguém jogar contra o líder do grupo, que é o treinador, fica complicado", disse o lateral esquerdo Richarlyson, que espera apoio irrestrito nos dois duelos contra a Raposa - a partida de volta está marcada para 19 de maio, no Morumbi, na capital paulista.
"Acredito que, se todos jogarem a favor, vão nos ajudar senão 100%, pelo menos 90%. Mas eu vou falar o quê se um ou outro não agradam à torcida? Aí é opinião individual", continuou Richarlyson, incomodado com os protestos. Quem também não gostou das vaias e especialmente das pichações que apareceram nos muros do CT da Barra Funda - "Time retranqueiro" e "Fora Gomes" foram as mensagens - foi o zagueiro Alex Silva.
"Isso não nos preocupa. O importante é do portão para dentro, é o que temos feito aqui. Foi provado que o grupo está com o treinador pela comemoração após a classificação. O torcedor tem o direito de prostestar. O Mano Menezes tirou o Corinthians da Segunda Divisão e agora estão pedindo para ele sair", disse o defensor, minimizando as mensagens: "Eles picharam, os funcionários foram ali e pintaram. A vida segue".
Assim, o elenco são-paulino torce para que a massa tricolor acabe por empurrar o time para a classificação à semifinal da Copa Libertadores enquanto a bola estiver rolando. "Se houver uma eliminação, aí sim eles terão todo o direito de reclamar. Em um momento importante como esse, espero a torcida do nosso lado e do lado do Ricardo Gomes", complementou Richarlyson.