- É complicado. Todo mundo sabe da minha postura, em nenhum momento eu fui desleal na minha carreira. Mas aí a gente se sente injustiçado, num lance que todo mundo viu que foi o cara que me pegou. Ele, além de me culpar, começou a rir da minha cara. Já conversei com o Ricardo (Gomes, treinador), eu deveria ter tido mais tranquilidade naquele momento. Mas aí ele já tinha me expulsado e não tinha como voltar atrás. É coisa de Libertadores, cabeça quente – explicou.
Após o jogo, o técnico Ricardo Gomes prometeu ter uma conversa com o volante. O jogador confirmou que falou com o comandante tricolor e que ele se surpreendeu com a reação do seu atleta em campo.

- Nunca tive essa reação após um jogo ou expulsão. O próprio Ricardo disse que eu parecia desfigurado, que ele nunca tinha me visto daquele jeito, que com certeza se o Alex Silva tivesse me soltado eu teria agredido o árbitro. Ele falou que aquele carrinho poderia ter sido evitado. Era numa zona de campo que não sofríamos perigo e o carrinho em si ele considerou jogada normal, mas em Libertadores a gente sempre pode ser surpreendido. Mas graças a Deus não aconteceu nada demais, foi apenas uma raiva que eu quis desabafar no momento – afirmou.
Richarlyson está suspenso para o jogo de volta na próxima terça-feira, no Morumbi, mas ainda não sabe se poderá pegar uma punição maior pela tentativa de agressão.
- Por enquanto ainda não tive uma conversa com o pessoal que tem a súmula. A minha maneira de desabafar foi saber por que ele tinha me expulsado e não o cara. Foi por isso que criou essa revolta toda, mas espero que ele tenha dado só a expulsão e que fique por isso mesmo – concluiu o jogador.