O goleiro Rogério Ceni pisou o gramado do Monumental de Lima para uma noite histórica. O jogo contra o Universitário era o de número 900 pelo São Paulo. A vitória era o mínimo que ele esperava da equipe, mas o capitão ficou sem o seu presente.
O começo até foi bastante promissor. Lá do gol, o camisa 1 viu o time evoluir com qualidade. A primeira chance saiu do pé direito de Cicinho, que acertou um belo chute e só parou na trave direita do goleiro Llontop. Tudo indicava que Rogério Ceni teria uma noite tranquila. O ataque do Universitário era uma piada. Ele era, na prática, um espectador privilegiado.
Mas Marlos não contribuía para fazer o capitão sorrir. O meia-atacante fez o mais difícil ao driblar o goleiro em uma jogada aos 28 minutos do primeiro tempo, mas, ao invés de chutar, quis tocar para Washington. A bola, porém, saiu fraca e não chegou ao pé do atacante, que estava pronto para dar o bote.
O São Paulo continuava melhor. Rogério Ceni tinha certeza de o gol sairia ainda na etapa inicial. Era uma questão de tempo. Mas não foi. Dagoberto perdeu mais duas chances e o Tricolor foi para o intervalo com o placar apontando 0 a 0.
Expulsão
A expectativa era que tudo seria diferente no segundo tempo. Ledo engano. As coisas só pioraram. E tudo por culpa de Richarlyson. Ele foi imprudente ao entrar de carrinho em uma jogada no campo de ataque e acabou recebendo o segundo amarelo.
Richarlyson ainda perdeu o controle e partiu para cima do árbitro Saúl Laverni. Ele precisou ser contido pelo zagueiro Alex Silva e, depois que foi para o vestiário, ainda chutou portas e proferiu todos palavrões conhecidos e desconhecidos.
“O Richarlyson errou. Ele tem muita agressividade, e isso é bom, porque ele tem personalidade e não se omite. Mas hoje confundiu tudo, exagerou e foi expulso em um lance que não tinha necessidade†, condenou o técnico Ricardo Gomes. “Vou conversar com ele para que controle essa agressividade. Ele colocou o time em uma situação difícil no jogo.†
O treinador também ajudou um pouco. Ao colocar Junior Cesar no lugar de Marlos e depois Renato Silva na vaga de Washington, ele chamou o Universitário para o seu campo, fazendo Rogério Ceni perder os poucos fios de cabelo que ainda lhe restam.
O São Paulo passou a ser pressionado pelos peruanos. A sorte é que Alex Silva e Miranda, além de serem muito superiores aos atacantes do Universitário, também estavam em uma jornada inspirada. Eles impediram a bola de chegar várias vezes ao capitão, que só teve trabalho em uma cabeçada de Ruidiaz.
Nos minutos finais, Miranda quase deu a vitória de presente ao goleiro, mas Rabanal e Llontop evitaram. A verdade é que, quando lembrar do jogo 900, Rogério Ceni saberá que ele foi importante pela marca, porém veio com o sabor amargo de um empate sem gols.
Jogo para esquecer
Tricolor não cumpre seu papel na noite dos 900 de Rogério Ceni
Fonte Jornal da Tarde
29 de Abril de 2010
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