Fazer a segunda melhor campanha da primeira fase da Copa Libertadores, para o São Paulo, acabou sendo um excelente negócio. Além de evitar um confronto com o Flamengo nas oitavas de final, garantiu ao time um adversário teoricamente menos gabaritado para a conquista do título. Nesta sexta-feira, os são-paulinos aprovaram o Universitario, do Peru, como primeiro adversário do mata-mata.
"Nós gostamos muito dessa definição, principalmente porque vai evitar que façamos uma viagem longa demais. Se tivéssemos terminado com a terceira ou quarta campanha da primeira fase, teríamos de enfrentar times mexicanos", disse o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Pelos mesmos motivos, o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes também aprovou.
Para o São Paulo, o Universitario é um rival desconhecido, mas muito experiente. Enquanto o Tricolor está em sua 15ª edição da Libertadores, os peruanos chegam à 27ª, muito embora sua melhor colocação tenha sido obtida em 1972, quando foi vice-campeão, derrotado pelo Independiente. O Tricolor, por sua vez, desencantou na competição nos anos 90 e busca seu quarto título.
"Isso é significativo, porque tivemos apenas alguns jogos com clima de Libertadores, contra o Once Caldas (na quarta-feira, no Morumbi) e contra o Monterrey, no México. A pressão não era tão importante, mas agora é diferente. O clube tem experiência e terá o apoio da torcida. Isso é jogo de Libertadores", afirmou o técnico Ricardo Gomes, em relação ao jogo de ida na próxima quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), em Lima, no Peru.
"Não me recordo de ter assistido esse time na Libertadores, mas sei que ganhou dois jogos na primeira fase e empatou outros quatro. É um time que toma poucos gols e que, se passou para a próxima fase, com certeza é porque é forte, vem determinado e com grandes objetivos. Merece o nosso respeito", opinou o ala esquerdo Jorge Wagner, em sua análise.