O assunto principal desta segunda-feira na sede do Clube dos 13 era a eleição de Fábio Koff ou Kléber Leite para comandar a entidade pelo próximo triênio. Mas uma conversa paralela também mobilizou atenções tão logo o pleito foi decidido com a vitória da chapa da situação: a situação do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014.
Declaradamente contrário a Kléber Leite, 'candidato da CBF', o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, mostrou-se tranquilo quanto a possibilidade de ver Ricardo Teixeira 'detonar' junto à Fifa as chances de o Morumbi receber a abertura da competição no país, também desejada por Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
"Isso (apoio a Fábio Koff) não terá qualquer influência na cabeça do Ricardo (Teixeira) e não acredito que mudará alguma coisa com respeito à utilização do Morumbi na abertura. Sinceramente eu não vejo qualquer possibilidade de o Morumbi não ser o estádio de abertura da Copa", garantiu Juvêncio.
Fábio Koff, garantido por mais três anos no cargo, reiterou seu apoio à casa são-paulina para abrir a Copa. "O Morumbi hoje é a solução para a Copa em São Paulo e eu apoio o São Paulo", sintetizou o dirigente, sem acreditar na possibilidade de seus aliados sofrerem qualquer retaliação por parte da CBF.
"Se nós temermos pelo exercício democrático e isso acarretar represálias, não tenho motivo para ficar aqui. Não acredito nisso. Se entender que há forças de outra natureza, não tenho motivos para ficar aqui", repetiu.
Koff admitiu, no entanto, ter tomado ciência de 'atitudes estranhas' que teriam sido atribuídas a Ricardo Teixeira às vésperas da eleição. "Até alguns dias confesso que não acreditava que o 'doutor' Ricardo estivesse envolvido no processo. Fui acreditar nisso no momento em que os presidentes de federações entraram em campo e pediram votos de maneira ostensiva e com ameaças impublicáveis. Algumas eu ainda não acredito. Outras ficam como intrigas".
O dirigente negou que tenha sido contatado pelo mandatário da CBF sobre o andamento das eleições ou apenas para informar o apoio da entidade a Kléber Leite. Mas sabia que não contava com o apoio do dirigente maior do futebol nacional para emendar mais um mandato.
"Em nenhum momento após o lançamento da candidatura do Kléber eu recebi telefonema do 'doutor' Ricardo. Nem dizendo que tinha candidato ou que eu não servia. Mas o fato do 'doutor' Ricardo adotar publicamente um candidato sem consultar o C-13 é uma maneira de pressionar. Há diversas maneiras de pressionar. Se prometeu isso ou aquilo, não sei", concluiu.