São Paulo, SP, 06 (AFI) - A famosa "mala branca" sempre vira protagonista em retas finais de campeonatos. E não seria diferente no Paulistão. A bola da vez é o Corinthians, que estaria enviando uma mala gorda para o São Caetano derrotar o Grêmio Prudente, nesta quarta-feira, em Presidente Prudente, pela última rodada. As cifras chegariam aos valores de R$ 300 mil.
Caso o Azulão consiga ao menos segurar o empate, o Timão dependeria apenas de uma vitória simples sobre o Rio Claro, no Pacaembu, para se classificar. Com essa combinação de resultados, o Alvinegro empataria com o Grêmio no número de pontos (35). No saldo de gols, porém, levaria vantagem. Hoje, a diferença é de cinco gols: 10 a 5.
Apesar da notícia rodar pelos corredores do Parque São Jorge, a diretoria corintiana adotou um discurso politicamente correto e negou qualquer tipo de mala. Seja ela para o São Caetano ou para o Santo André, que encara o São Paulo, outro concorrente, em Piracicaba.
"Nunca utilizamos esse artifício, desde que sou presidente. Não será agora que utilizaremos", disparou o presidente Andrés Sanchez. "Não é porque é lícito, que faremos isso. Todos têm que ser profissionais e honrarem as camisas de seus clubes", endossou o diretor de futebol Mário Gobbi.
Prejuízo à vista?
Um dos motivos para o Corinthians desembolsar quase R$ 300 mil seria o prejuízo que o time terá, caso seja eliminado. Segundo os cálculos, o time poderia deixar de ganhar até R$ 5 milhões se cair ainda na primeira fase do Paulistão.
A Federação Paulista de Futebol (FPF) paga R$ 2 milhões ao campeão. A patrocinadora do clube, a Hypermarcas, também daria um bônus de R$ 1 milhão pela conquista. Não bastasse isso, ainda haveria o lucro das rendas. Em 2009, o Timão lucrou entre semifinal e final, cerca de R$ 2 milhões.