Um ex-técnico das categorias de base do São Paulo, atual olheiro oficial do Chelsea (ING) no Brasil, também está por trás da liberação de Oscar do clube, obtida na Justiça.
Paulo Sérgio Tognasini, Paulinho no meio do futebol, trabalhou com o garoto em 2006, quando comandou o time sub-15 do Tricolor. Juntos, conquistaram o título da Copa Nike.
Demitido no ano seguinte, Tognasini passou a trabalhar com o empresário Giuliano Bertolucci, que agencia a carreira de Oscar. Habituado a treinar garotos, foi eleito pelo Chelsea para observar talentos no país.
No último sábado, Paulinho atendeu à reportagem do LANCENET!, e garantiu que a ação judicial contra o São Paulo foi iniciativa do jogador.
– A ideia foi dele, nem tenho como falar nada porque ainda não conseguimos conversar. Ele viajou na sexta-feira com a noiva para a Inglaterra, vão passar o fim de ano. Qualquer coisa que eu diga seria inverdade.
Porém, Oscar se casou no último sábado (dia em que o olheiro do Chelsea conversou com a reportagem) em Americana, interior de São Paulo. O tutor era um dos poucos convidados. Por meio de sua assessoria de imprensa, o próprio jovem contrariou a versão do seu antigo técnico.
– Não saí do Brasil em momento algum. Respeito muito a torcida do clube, mas acho que fizeram o que era bom para eles, e não para mim – afirmou Oscar, citando a emancipação feita quando tinha 16 anos.
A pessoas próximas, Paulinho afirmara, há meses, que conseguiria a liberação na Justiça. O L! apurou que a diretoria do clube havia recebido o aviso. O presidente Juvenal Juvêncio ouviu pessoalmente do empresário Giuliano Bertolucci que poderia perder o atleta. Crente na regularidade do contrato, não tomou atitude alguma.
Os dirigentes do São Paulo estão cientes da ligação entre Paulinho e o Chelsea, mas dizem não acreditar que grandes clubes europeus façam propostas por Oscar enquanto a questão jurídica não se resolver.
O clube esbarra no recesso da 40ª Vara do Trabalho, que concedeu a liminar favorável a Oscar e está paralisada para as festas de fim de ano. Mesmo assim, o departamento jurídico promete tentar as medidas cabíveis para cassar a liminar e recuperar sua promessa.