É evidente que o gol perdido no último sábado, contra o Vitória, não deixou Washington satisfeito. A equipe já vencia por 2 a 0 quando o centroavante sozinho na área, recebeu passe de Marlos e chutou para fora. A reação da torcida, entretanto, emocionou o artilheiro.
Acostumado às vaias, embora seja o principal goleador são-paulino na temporada, com 26 gols (11 no Campeonato Brasileiro), o atacante se surpreendeu com o apoio dos mais de 50 mil torcedores, que gritaram seu refrão logo depois da chance desperdiçada: "Washington... Eu quero é gol, eu quero é gol!!!".
- É claro que eu preferia ter feito o gol, mas gostei muito do apoio da torcida. Isso me marcou bastante, me deixou muito feliz. A minha vontade de fazer gols e ajudar o São Paulo já era grande, mas agora triplicou. A torcida me ajudou ao gritar meu nome, agora vou fazer de tudo para deixá-los felizes - ressaltou Washington.
A relação do camisa 9 com os tricolores oscilou durante o ano. No início, tudo eram flores com os muitos gols no Paulistão, quando a torcida criou sua música pessoal. Porém, após a eliminação na Libertadores, o Coração Valente foi um dos maiores alvos, ao lado de Hernanes.
Ao chegar, o técnico Ricardo Gomes deixou Washington no banco de reservas, mas o atacante reconquistou espaço aos poucos e se transformou em titular, no lugar de Borges. A torcida também passou a relevar até mesmo algumas más atuações.
- Eu estava precisando dessa força. Veio no momento certo, vai me ajudar e eu vou retribuir - garantiu o artilheiro, que deverá ser o único atacante do São Paulo na partida do próximo domingo, contra o Botafogo, no Engenhão.