Borges entrou em campo no fim da partida contra o Grêmio, na última quarta-feira, e em poucos minutos acabou expulso por agredir Túlio. A vontade do reserva de mostrar serviço mesmo quando entra perto do apito final agrada Ricardo Gomes, mas o treinador lamenta a postura intempestiva do atacante, que costuma revidar instantaneamente uma agressão, sem pensar nas consequências.
- Quando eu cheguei ao São Paulo, lembro do Borges devolvendo uma pancada que recebeu de um jogador do Coritiba, na minha frente. Naquela ocasião, o árbitro não viu, mas avisei o Borges que ele poderia ser expulso em lances assim - revelou Ricardo Gomes, considerando que o atacante revidou depois de ser agredido por Túlio.
O treinador não defende a atitude, mas descartou a possibilidade de punir Borges e apenas cobrou mais frieza nas próximas vezes que um adversário o agredir. Gomes aceitou as desculpas pedidas pelo atacante a ele e ao grupo após o empate heróico no Olímpico, jogo em que o clube paulista teve mais dois expulsos: Dagoberto e Jean.
Apesar de Borges estar livre de cobrança dentro do clube, ele ainda corre o risco de ser penalizado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), pois pode ser enquadrado no artigo 253 (praticar agressão física contra o árbitro ou seus auxiliares, ou contra qualquer outro participante do evento desportivo), que prevê suspensão de 120 (quatro meses) a 540 dias (um ano e meio).