Nação tricolor,
Muitos consideram essa (grande) partida em Porto Alegre o “tudo ou nada† rumo ao sétimo título brasileiro.
Eu não sou tão radical assim. O jogo diante do Grêmio, no estádio Olímpico, é sem dúvida uma grande decisão para o tricolor paulista. Mas não é o jogo da vida. Explico melhor: Se ganharmos será espetacular, mas não a consagração definitiva nesse difícil campeonato. Se empatarmos já será um bom resultado. E mesmo se ocorrer um resultado adverso, dependendo dos outros jogos da rodada, não perderemos quase nada em termos de chances.
O importante é entender o campeonato como um todo, e isso o clube aprendeu a fazer com maestria.
Claro que a vitória fora de casa será uma enorme injeção de moral no time (e temos que buscar ela com todas as forças), mas o importante é, acima de tudo, jogar com muita inteligência nesta quarta-feira. O adversário é inegavelmente o time que mais impõe respeito em seus domínios em todo o torneio. Se fora de casa o Grêmio dá vexame, no Olímpico ele é o único invicto da competição.
É justamente o típico jogo que o Maior do Mundo gosta.
O tricolor paulista tem três baixas para a partida: O zagueiro Rodrigo e os volantes Zé Luis e Richarlyson estão contundidos e só devem voltar diante do Botafogo, no Engenhão. De resto, é o time que venceu Internacional e Barueri. Ricardo Gomes tem somente a dúvida na lateral direita. Não sabe se mantém o ofensivo González ou coloca Arouca mais recuado para fechar o setor. Quem atuará por lá pelo Grêmio é o ala Lúcio, que já foi do tricolor e costumava ser o “pior lateral do mundo† quando atuava nos róseos. Não é para tanto.
Já pelo lado do Grêmio, Paulo Autuori tem uma novidade. Ela é Maxi Lopez, que volta ao time nessa partida. O jogador está recuperado de uma contusão e entra no comando de ataque. O time vai a campo com: Victor, William Thiego, Rafael Marques, Réver e Lúcio; Adílson, Fábio Rochemback, Tcheco, Souza, Douglas Costa e Maxi López.
Mesmo com a possibilidade de título para o arqui-rival Internacional, não vejo moleza alguma para o Maior do Mundo no Sul. Muito pelo contrário. O tricolor gaúcho quer manter a fama em seus domínios e, se possível, vencer o São Paulo para manter chances de Libertadores.
Por outro lado, eu acredito muito no Clube da Fé para tirar a invencibilidade caseira dos gaúchos. O time tá jogando melhor fora de casa que no Morumbi e todo o apoio nessa reta final é necessário. É lindo saber que o Brasil inteiro estará ligado na TV nesta quarta. Secando ou torcendo, gorando ou aplaudindo… Porém, sem desgrudar os olhos. Esse é o efeito “soberania†: relaxante para alguns, tenso para outros.
E vamos para cima do time da Rafaela Fernanes, loira exuberante que segura a nobre bandeira do imortal tricolor. Sem dúvida, essa gaúcha de Porto Alegre é mulher para mortal nenhum colocar defeito, tchê!
Saudações tricolores!