O Palmeiras é o líder isolado do Brasileirão, com 54 pontos. Mas não está tranquilo. Afinal, vem de um empate e três derrotas e vê os adversários chegarem cada vez mais perto. Nesta rodada, o time pode até perder a posição no topo. Atlético-MG (53), Internacional (52), São Paulo (52) e Flamengo (51) querem roubar a ponta o quanto antes. Também na briga, o Tricolor conhece bem o atual treinador do Verdão, Muricy Ramalho. E, para André Dias, é natural que o comandante sinta a pressão que vem dos outros times na tabela.
- O Muricy deve estar preocupado, assim como nós já passamos por isso nos anos dos últimos títulos, quando times chegavam perto de nós. Ele é experiente e sabe lidar com a pressão, mas ela existe e ele é um ser humano, acaba sentindo. O negócio é colocar pressão mesmo e ver no que vai dar - ressaltou o zagueiro são-paulino, tentando aproveitar a fase conturbada do Palmeiras.
Apesar de reconhecer que a pressão influencia no desempenho do líder, André Dias acha que este não é o único problema do Palmeiras. Mas evita comparar o atual primeiro colocado com o Grêmio, que em 2008 chegou a ser líder com 11 pontos de distância para o São Paulo, mas foi ultrapassado pelo time paulista, que garantiu o terceiro brasileiro seguido.
- Existe pressão, sei porque fiquei três anos seguidos aqui vivendo a liderança, e todo mundo quer vencer o primeiro colocado e atrapalhar a vida dele. Mas não acredito que seja só esse o problema do Palmeiras, que perdeu jogadores importantes em partidas decisivas. Há também a oscilação do time, que permite que outras equipes cheguem. Não é o mesmo caso do ano passado. Desta vez a oscilação foi maior para todas as equipes, por isso tantos times podem levar o título - analisou.