Na última terça-feira (23), o São Paulo Futebol Clube protocolou um requerimento com 57 assinaturas, o que obrigou a convocação de uma reunião extraordinária para discutir a destituição e a perda de mandato do presidente Julio Casares. A partir deste ponto, alguns passos devem ser seguidos. Com o número de votos necessário, Olten Ayres, presidente do Conselho Deliberativo, é obrigado a agendar a reunião. Segundo informações apuradas, existe um prazo de 30 dias para que essa convocação ocorra.
Caso a reunião não aconteça dentro desse período, o vice-presidente do Conselho, João Farias Júnior, deverá fazer a convocação. Na ocasião da reunião, será iniciado um processo de votação. Para a destituição do presidente, é necessário obter o suporte de dois terços dos votos no Conselho Deliberativo. Se esse quórum for alcançado, Casares será afastado de seu cargo, mas a destituição efetiva só ocorrerá após a ratificação em Assembleia Geral, onde se reunirão os sócios do clube.
Vale destacar que, de acordo com informações obtidas, as votações relacionadas a medidas punitivas são secretas. Durante a coleta das assinaturas que deram origem ao requerimento, um dado interessante foi observado: 44 das assinaturas foram coletadas entre os membros da chapa "Salve o Tricolor Paulista", da oposição, enquanto 13 pertenciam ao grupo da "Situação". Neste cenário de afastamento, Harry Massis assume a presidência, uma vez que, segundo o estatuto, a destituição dele não é necessária ao assumir o comando do clube.
A pressão sobre Julio Casares se intensificou, com membros da "Situação" buscando assinaturas para um documento que visa solicitar o afastamento do presidente. Existe uma proposta de que Casares peça sua própria saída, o que evitaria a necessidade do Conselho Deliberativo votar a favor de um impeachment.