O orçamento do São Paulo para o ano de 2026 apresenta desafios consideráveis, conforme analisaram os comentaristas Domitila Becker e Renan Teixeira no programa "Fim de Papo". Entre os pontos de destaque, está a previsão de R$ 3,5 milhões para a realização de uma festa junina. Além disso, o clube demonstra uma dependência significativa da venda de jogadores, que representa cerca de 40% da receita esperada. Esse cenário aumenta o risco de um déficit caso as metas esportivas e as vendas não sejam concretizadas, especialmente com a iminente implementação do Fair Play financeiro em janeiro.
Becker expressou sua preocupação sobre a viabilidade dessa estratégia: "Eu vou falar dois tópicos que para mim são os mais surreais. Um é uma festa junina custando 3,5 milhões de reais. [...] E outra parte do orçamento prevê 180 milhões com venda de jogadores -- 40%. É uma doideira, porque pode não vender nada. Como você pode basear 40% da sua receita na venda de jogadores que você nem tem?" Essa afirmação revela a fragilidade de um planejamento financeiro que depende de variáveis incertas.
Renan Teixeira também manifestou sua apreensão em relação à aprovação do orçamento para 2026, relembrando situações passadas que impactaram negativamente as finanças do clube: "A festa junina de 2025 já foi bastante grande, com shows de artistas conhecidos. O ano passado, contava com a venda do Pablo Maia, que se machucou. Então esses riscos existem no futebol, é preocupante a aprovação desse orçamento para 2026."
O debate sobre a situação financeira dos clubes não se limita ao São Paulo. Em outro segmento da discussão, Renan provocou uma reflexão sobre a situação do Corinthians, que enfrenta desafios políticos internos. Ele observou: "Tomaram de assalto o Corinthians. Se a gente for parar para pensar, o Palmeiras não tem condições de competir com o Corinthians em termos de receita." Essa análise sublinha a complexidade da gestão de clubes de futebol em meio a um cenário muitas vezes caótico.
Por fim, Fabiola Andrade comentou sobre o Flamengo, ressaltando a crescente notoriedade do clube no cenário internacional. "É maravilhoso ver o Flamengo ali, porque para mim, o Flamengo está no meio do Oceano Atlântico agora, passos à frente de todos os clubes do nosso país e do continente, mas ainda não chegou à Europa." Andrade aponta para a evolução do Flamengo, embora reconheça que ainda há um caminho a percorrer para competir com os grandes clubes europeus.