A proposta orçamentária do São Paulo Futebol Clube para 2026 está atualmente em análise pelo Conselho Deliberativo. A votação, que começou às 22h (horário de Brasília) na quarta-feira, permanecerá aberta até as 17h de quinta-feira. O plano da gestão liderada por Júlio Casares prevê um cenário de déficit acumulado entre janeiro e novembro. Entretanto, a expectativa é a de um superávit de R$ 37,9 milhões em dezembro, impulsionado por negociações de atletas e premiações decorrentes do desempenho no Campeonato Brasileiro.
Sem as receitas provenientes da venda de jogadores, o déficit anual projetado chegaria a R$ 126 milhões, o que resultaria numa média mensal negativa de R$ 10,5 milhões. Para contornar essa situação, o clube planeja uma captação de R$ 270 milhões, que poderá ser realizada por meio de empréstimos ou pela estruturação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).
Uma das mudanças significativas na proposta orçamentária é a redução de gastos no esporte profissional, o qual sempre foi o setor mais oneroso para o clube, com uma diminuição estimada de 5%. Por outro lado, outras áreas do Tricolor paulista deverão registrar aumentos nos investimentos. Um aspecto que chamou a atenção é a previsão de receita para a festa junina de 2026, que estima uma arrecadação de R$ 480 mil, mas com despesas projetadas em R$ 3,5 milhões.
Além disso, a base do clube receberá um investimento considerável, passando de R$ 40 milhões em 2024 para R$ 59 milhões em 2026. A reunião do Conselho, iniciada na noite de quarta-feira, foi interrompida devido a uma tentativa de invasão por torcedores, demonstrando a paixão intensa da torcida e a necessidade de um diálogo mais próximo com os associados.