Há exatos 20 anos, em um dia que seria eternamente marcado na memória dos torcedores, o São Paulo Football Club conquistou o tricampeonato mundial ao derrotar o Liverpool por 1 a 0, em 18 de dezembro de 2005. A vitória não apenas selou mais um título para o Tricolor, mas também consolidou sua era de domínio no futebol mundial, trazendo à tona lembranças de uma equipe que se tornaria um ícone no imaginário de seus torcedores.
Relembrar essa conquista é revisitar uma época em que o São Paulo, tendo acabado de vencer a Libertadores contra o Athletico-PR, já sonhava em grande. A nova edição do Mundial de Clubes, agora sob a supervisão integral da FIFA, começou com uma fase preliminar contra um representante asiático e avançou para uma semifinal histórica contra o Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Neste duelo, Amoroso destacou-se ao marcar dois gols, fundamentais para a classificação à final, ao lado do goleiro mito Rogério Ceni, que também teve uma atuação memorável.
O Liverpool, vencedor da Champions League na mesma temporada, era um time respeitado, repleto de estrelas como Xabi Alonso e Steven Gerrard, e o desafio que esperava o São Paulo na final foi reconhecido por Amoroso e seu treinador, Paulo Autuori, que se prepararam meticulosamente. A páginas da história foram escritas no Japão, onde, em uma atmosfera diferente e sob uma cultura peculiar, o São Paulo se apresentou superior na primeira etapa, com um gol de Mineiro que definia sua performance até então.
Rogério Ceni, com sua habilidade única, defendeu inúmeras tentativas do Liverpool e foi fundamental para assegurar a vitória. A equipe retornou ao Brasil em meio a uma recepção calorosa, onde a comunidade tricolor se reuniu para celebrar uma conquista que reverberaria por anos. O desfile no trio elétrico se tornaria uma imagem icônica, enfatizando a conexão entre o time e sua apaixonada torcida.
Contudo, ao revisitar essa glória vinte anos depois, percebe-se um São Paulo em uma realidade completamente diferente. Jejuns alimentados por dívidas, crises políticas e a ausência de conquistas significativas tornam o contraste com o passado ainda mais evidente. Amoroso reflete sobre essas questões, enfatizando a necessidade de um planejamento cuidadoso e um equilíbrio entre tradição e realidade, destacando a importância de uma equipe que possa lidar com a pressão e competir em alto nível.
Entre investimentos em jogadores da base e contratações estratégicas, o caminho para o renascimento do São Paulo passa pela responsabilidade coletiva de atletas que se sobressaem sob a pressão do clube. Para Amoroso, é essencial que o clube retorne ao caminho das vitórias, reafirmando seu lugar no cenário do futebol internacional, onde ele pertence.