Segundo o dirigente, o Mirassol detinha 30% dos direitos econômicos do atleta, mas foi coagido a aceitar apenas 20% para que o negócio fosse selado.
"O São Paulo não foi leal com a gente. Eu falava para o Alexandre Pássaro (diretor na época): 'Paga os 30%, esse dinheiro vai virar um CT'. Mas o presidente Leco não quis aceitar", disparou Juninho.
Do "Calote" ao Sonho do CT
Apesar da frustração com os 10% subtraídos (cerca de R$ 3,8 milhões a menos na cotação da época), os R$ 7 milhões recebidos foram o "ponto inicial" para a revolução estrutural do Mirassol. Com esse montante, o clube construiu um dos centros de treinamento mais modernos do país, inaugurado em 2018, que hoje sustenta a equipe na disputa da Libertadores e da Série A.
O "Recado" para Casares sobre Jemmes
A mágoa do passado reflete diretamente no mercado atual. O São Paulo demonstrou interesse no zagueiro Jemmes, destaque do Mirassol, que já teve uma proposta de 2,5 milhões de dólares do Charlotte FC (EUA) recusada.
Juninho Antunes confirmou que recebeu uma ligação de Júlio Casares buscando uma parceria, mas foi enfático: para o defensor vestir a camisa tricolor, o São Paulo precisará apresentar garantias reais de pagamento.
"É um clube fantástico, mas para vender para o São Paulo teria que ter alguma garantia real", concluiu o dirigente, sinalizando que a confiança entre as instituições ainda precisa ser reconstruída após os episódios da era Leco.
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