Recentemente, um áudio revelador trouxe à tona um esquema ilícito envolvendo diretores do São Paulo Futebol Clube, que admitiram participar da venda clandestina de camarotes no Estádio do Morumbi. O presidente do clube, Julio Casares, abordou o assunto em coletiva, destacando a importância de investigações rigorosas tanto internas quanto externas para apurar os fatos.
Na segunda-feira, os diretores Douglas Schwartzmann e Mara Casares solicitaram licença de seus cargos, após a exposição do esquema pela imprensa. Casares enfatizou que, independentemente do resultado da sindicância, qualquer indivíduo que demonstrar conduta inadequada será responsabilizado, sem favoritismos baseados em vínculos pessoais ou políticos.
O escândalo gira em torno do camarote 3A, um espaço que, nos documentos do clube, é registrado como "sala presidência". Este camarote, localizado em uma área estratégica do estádio, foi utilizado indevidamente para a venda de ingressos de shows, como o da cantora Shakira, que ocorreram em fevereiro deste ano. Douglas Schwartzmann, em uma gravação, menciona que o lucro total do esquema poderia chegar a R$ 132 mil apenas com a comercialização desse espaço.
Durante a conversa, ficou evidente que a vice-presidência do clube, representada por Marcio Carlomagno, estava ciente da situação. Schwartzmann expressou preocupação sobre as possíveis consequências para Mara Casares e mencionou que ela teria que se justificar sobre a utilização do camarote, dada sua relação com os envolvidos.
Julio Casares, em seu comunicado, reafirmou que qualquer irregularidade deve ser severamente enfrentada. Ele ressaltou que todos os envolvidos na sindicância interna e na auditoria externa serão ouvidos, e um relatório final será produzido para orientar os próximos passos do clube. O dirigente reitera a importância do amplo direito ao contraditório, garantindo que a verdade prevalecerá no processo.