Márcio Carlomagno, superintendente geral do São Paulo, se manifestou recentemente após seu nome ser citado em uma polêmica relacionada à venda de ingressos e a um esquema ilegal de camarotes no Estádio do Morumbi. A controvérsia emergiu após a divulgação de áudios comprometendo vários envolvidos, entre eles Mara Casares, ex-companheira de Julio Casares, e Douglas Schwartzmann, diretor adjunto da base.
Em entrevista ao "Globo Esporte", portal que teve acesso aos áudios, Carlomagno destacou que havia disponibilizado o camarote da presidência para a Diretoria Feminina a pedido de Mara Casares, mas afirmou que não havia autorização para sua utilização. O superintendente reforçou que é um funcionário de carreira, não um político, e expressou seu compromisso em manter a transparência e a ética na gestão do clube. "Se algo respingar em mim, sou o primeiro a pedir licença do cargo", afirmou.
Carlomagno enfatizou a importância de esclarecer os fatos relacionados ao áudio que o menciona, comentando que sua citação poderia ter sido usada como uma forma de pressão. Ele pediu a instauração de uma sindicância interna e externa para que todos os envolvidos sejam ouvidos e que a investigação seja independente.
A polêmica se intensificou com a divulgação de informações sobre um escândalo de venda ilegal de ingressos de shows no Morumbi. A empresa The Guardians Entretenimento Ltda. moveu uma ação de cobrança contra a Cassemiro Eventos Ltda. pelo não pagamento de serviços prestados durante um evento da cantora Shakira. O processo alega que a requerida tomou posse de ingressos sem autorização, gerando um tumulto no local do evento.
Além de retirar os ingressos, a requerida, segundo a autora, adotou comportamentos inapropriados e teria agido de forma a prejudicar o acordo firmado entre as partes. Em um momento de distração, ela supostamente retirou um envelope com 60 ingressos e começou a gritar e fazer acusações, o que resultou em uma confusão generalizada.
Apesar das tentativas de resolver a situação, a autora alega que a requerida não demonstrou intenção de cumprir o que havia sido pactuado, levando-a a registrar um boletim de ocorrência. Com a ação judicial, a autora busca recuperar o valor de R$ 40.832,00, que, segundo as alegações, refere-se a valores que não foram repassados após o evento.