Todo evento requer um bom mapeamento de fluxos e setores, o que é especialmente verdade quando falamos sobre experiências nos estádios de clubes de futebol brasileiros. O tema merece atenção.
“Match Day” é um termo usado para se referir a um evento que acontece nos arredores dos estádios e das arenas, reunindo em um só lugar gestores de clubes esportivos, torcedores, patrocinadores e outros agentes que fazem parte do “ecossistema” da atividade em questão. A ideia é um sucesso lá fora.
No Brasil, o Match Day ainda caminha a passos tímidos, com o São Paulo na vanguarda da ideia. No caso específico do Morumbi, trata-se de uma experiência exclusiva para os sócios-torcedores, a qual acontece antes de jogos e inclui acesso a áreas exclusivas (como o gramado), fotos com troféus e mais.
Essa ideia está em sintonia com o momento atual do acompanhamento dos esportes, onde um app de aposta legalizado faz sucesso e demonstra a intenção dos torcedores de estarem mais conectados ao clube do coração. Aposta é assunto para adultos.
Nesse contexto, plataformas de apostas esportivas passaram a integrar informações práticas do dia do jogo como portões, setores, horários de pico e tempo de acesso para ajustar ofertas, benefícios e experiências. Na ponta, o torcedor ganha previsibilidade: compra antecipada, entrada mais rápida e comunicação clara sobre filas e bloqueios ao redor do estádio. Para o clube, o mapeamento reduz gargalos operacionais e melhora receita de matchday (bilheteria, hospitalidade e consumo).
O que significa o mapeamento de fluxos e setores no Morumbi?
O mapeamento de fluxos é, em termos gerais, um sistema para a identificação de desperdícios em projetos. Por seu viés generalista, é possível aplicá-lo em praticamente qualquer contexto que envolva gastos monetários; o que ajuda a explicar também ser conhecido como mapeamento do fluxo de valor.
No caso específico ao qual aplicamos o termo, fala-se sobre a identificação de problemas que geram desperdícios e consomem recursos do Morumbi. A ideia não é reduzir a experiência de quem acompanha os jogos, especialmente no Match Day, mas potencializar e maximizar o que é possível.
O que muda especificamente quando falamos sobre o Match Day?
Como explicamos brevemente durante a introdução, o Match Day do São Paulo envolve a experiência de sócios-torcedores - que foi reformulada em 2021, o que requer um cuidado extra por parte da gestão do time. Isso é intensificado quando consideramos o acesso a áreas do clube que normalmente não são liberadas para os públicos.
Quando consideramos que o Morumbi é o segundo maior estádio do Brasil e um dos maiores de toda a América Latina, é fácil deduzir que a tarefa de mapeamento de fluxos é consideravelmente mais difícil do que a de eventos e estruturas de porte reduzido, seja no Match Day ou em outros dias.
Além do roteiro de experiências (tour, fotos e ativações), o clube trabalha com prioridade de compra escalonada por “estrelas” no programa de sócio-torcedor — mecanismo que organiza a demanda e reduz corrida de última hora. Em jogos de maior apelo, a orientação ao público destaca biometria obrigatória e check-ins mais cedo, diminuindo filas e melhorando a ocupação por setor.
Quais outras soluções são usadas para melhorar a experiência dos fãs?
Embora o mapeamento de fluxo seja indispensável, como exploramos até aqui, é importante notar que se trata de somente uma dentre as mais variadas soluções que o São Paulo adota para melhorar a experiência dos torcedores no Match Day e nas demais ocasiões. Mudanças acontecem para melhor.
A adoção de sistemas como bilheteria digital, compra de ingressos antecipados e a própria existência do Match Day são exemplos. Considerando o fato de que são os torcedores que permitem ao clube se manter e crescer, é adequado que as mudanças realizadas dentro e fora de campo reflitam essa ideia.
Do lado de fora do estádio, o planejamento envolve parceiros públicos para organizar bloqueios e rotas de chegada/saída com ajuda da CET, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, com comunicação prévia de vias interditadas e horários de pico. Essa integração reduz conflitos de pedestres com veículos e melhora a dispersão pós-jogo, parte essencial de uma operação segura e sem sustos.
E o Match Day é apenas um exemplo de evento que requer a boa aplicação de mapeamento de fluxos e setores e outras soluções estratégicas. Os melhores clubes do país, como é o caso do São Paulo, têm noção dessa importância e se esforçam cada vez mais em melhorar a experiência de seus torcedores.
Tudo o que exploramos ao longo deste texto é apenas a ponta do iceberg, e quando se trata de soluções que irão melhorar a experiência dos torcedores no Morumbi, ainda há muito o que fazer e aprender. Com inovações tecnológicas constantes, o certo é que as coisas jamais ficarão estagnadas.