No CT da Barra Funda, a rotina de trabalho do São Paulo Futebol Clube acaba de ganhar um novo protagonista. Em meio a uma situação técnica e financeira desafiadora, o presidente Julio Casares apresentou ao clube o superintendente Márcio Carlomagno, uma figura até então reservada, mas com uma trajetória de 21 anos de contribuições ao clube. Seu papel agora é focar no planejamento estratégico e orçamentário do futebol com um horizonte que se estende até 2026.
Formado em Direito em 2018 e atualmente cursando um MBA em Gestão de Projetos, Carlomagno tem um histórico diversificado no clube. Sua experiência inclui desde assessor de futebol social até funções de destaque, como "administrador do estádio" e "diretor de planejamento e desenvolvimento". Além disso, ele é visto como um possível sucessor de Casares devido à sua crescente influência nos bastidores, o que acelera a corrida eleitoral.
A dinâmica entre Carlomagno e Carlos Belmonte, diretor de futebol, é um elemento crucial neste cenário em evolução. Trabalhando lado a lado, ambos têm os mesmos objetivos esportivos, mas também são cogitados como futuros candidatos à presidência do clube nas eleições de 2026. O imbróglio político está em jogo, com a decisão sobre quem irá suceder Casares programada para março do próximo ano.
Carlomagno expressou seu compromisso em qualificar o elenco do São Paulo sem impactar negativamente o orçamento. Ele ressaltou que sua contribuição não interfere nas decisões de campo, que devem ser conduzidas pelos profissionais da área técnica. O foco dele é oferecer suporte em gestão e planejamento, garantindo que a solidez administrativa seja uma base para o desempenho esportivo do time.
Seu relacionamento com Belmonte se mantém cordial, apesar de uma percepção entre conselheiros de que a presença de Carlomagno na administração do clube pode ter diminuído o poder do atual diretor de futebol. Enquanto isso, as visões de Casares e Belmonte sobre temas como a criação de um Fundo de Investimento em Participações para Cotia divergem, destacando uma rixa entre os antigos aliados. À medida que o São Paulo se aproxima de um novo ciclo eleitoral, os desdobramentos nas relações internas, incluindo a possibilidade de que Carlomagno e Belmonte se tornem adversários, estarão sob atentos holofotes.
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