São Paulo diminui passivo bancário, mas mantém altos gastos com futebol

A recente divulgação do relatório financeiro do São Paulo FC revelou uma redução na dívida global do clube, representando um sinal positivo em sua estratégia de recuperação financeira, especialmente por meio do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Contudo, o mesmo documento evidencia que tanto a gestão atual quanto a futura, que assumirá em 2026, enfrentará desafios significativos no setor financeiro, especialmente a curto e médio prazo.

A diminuição do passivo não necessariamente implica em uma melhora substancial na saúde financeira do clube. O relatório destaca uma redução de quase R$ 57 milhões na dívida total, o que corresponde a uma queda de 22% em cerca de um ano. Entretanto, também revela a violação de um importante covenant estabelecido no contrato assinado pelo São Paulo com seus investidores do FIDC. Este covenant é uma cláusula contratual que impõe obrigações e restrições a uma das partes envolvidas no acordo financeiro.

Para o Tricolor, a situação é alarmante, pois ultrapassou em mais de R$ 90 milhões as projeções para 2025. De acordo com o documento elaborado pela OutField Ventures, gestora do FIDC em parceria com a Galapagos Capital, não foi possível cumprir com um dos itens contratuais até o final do terceiro semestre deste ano. No que diz respeito às “Despesas no Futebol”, o clube excedeu bastante o limite estipulado. Além disso, as categorias de "Formação de Atletas" e "Investimento em Atletas Profissionais" também apresentaram valores acima do que foi previsto no contrato.

O teto do covenant estava fixado em R$ 293.351,41 milhões, mas o São Paulo atingiu R$ 384.546,00 milhões ao término do terceiro trimestre de 2025. Assim, enquanto o clube se esforça para reduzir seu passivo, confirma que ainda há um descompasso nas ações de investimento no futebol profissional. Essa estratégia afetou diretamente os jovens talentos da equipe, resultando em R$ 233 milhões de receita em 2025 oriunda da venda de jogadores, muitos deles revelações de Cotia que tiveram carreira curta no time principal.

Jogadores como William Gomes, Henrique Carmo, Lucas Ferreira e Matheus Alves foram vendidos este ano, contribuindo para essa receita gerada pela política de "estancamento" da gestão atual. Em janeiro de 2023, três dos quatro citados foram campeões da Copinha, o principal torneio de base do Brasil, e menos de um ano depois foram negociados com clubes europeus. No ano de 2026, será crucial que o São Paulo adote uma postura ainda mais cautelosa em suas movimentações financeiras relacionadas ao futebol profissional; caso contrário, o balanço financeiro poderá permanecer descompassado, com a redução de passivos acompanhada da falta de cumprimento das obrigações contratuais com investidores necessários para o funcionamento do FIDC.

O presidente do São Paulo, Julio Casares, recentemente comentou sobre a situação financeira do clube. Para estruturar seu projeto financeiro, o São Paulo recebeu aportes de investidores e dividiu o FIDC em duas categorias de cotas: a "Sênior" e a "Subordinada". A cota Sênior, considerada de menor risco, abrange investidores do mercado de capitais que têm prioridade nos recebíveis.

No momento, o montante arrecadado gira em torno de R$ 240 milhões, com uma taxa de retorno para os investidores de CDI + 5%, percentual inferior à média histórica. O clube também recebeu um adiantamento de R$ 135 milhões através de patrocinadores e direitos de transmissão durante quase um ano de operação do fundo. Esses recursos foram utilizados para cobrir compromissos operacionais e para amortização de dívidas antigas, conforme detalhado no relatório.

A cota Subordinada, por sua vez, é estruturada de modo que o São Paulo seja o único titular, sendo uma estratégia de recebimento mais arriscada. Nesse contexto, caso o clube não consiga os recebíveis ou não atinja a faturamento previsto, ficará responsável por arcar com eventuais prejuízos, diferentemente da cota Sênior, onde os investidores têm preferência nas receitas. Para equilibrar essa situação, a gestão do clube optou por manter 40% dos recebíveis descontados.

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Comentários

gualter tadeu mattos da silva rego
0 0
16/10/2025 10:50:17

Quer diminuir os gastos agradeça ao OSCAR O LUCAS E O LUIZ GUSTAVO e reencida o contato dos 3 e não comprem o RIGONI. Isto já será uma gde economia.

carmelo lombardo
0 0
16/10/2025 07:31:59

Casares e sua cúpula maldita estão destruindo o Sao Paulo, infelizmente Sao Paulo é isso, time fraco, diretoria sem vergonha, não tem perspectiva de nada, contrata só fim de feira, a única coisa que presta é a nossa torcida, tirando a independente que não resolve nada

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