São Paulo apresenta recuperação financeira com redução de R$ 56 milhões na dívida

O São Paulo apresentou uma redução de 5,8% em seu endividamento total entre janeiro e setembro de 2025, conforme revelado em um novo relatório financeiro elaborado pela Outfield, parceira da Galapagos na administração do fundo de investimentos em direitos creditórios (FIDC) do clube.

De acordo com o documento, a dívida geral do clube diminuiu de R$ 968 milhões para R$ 912 milhões no período, o que representa uma queda de R$ 56 milhões. O principal fator dessa redução foi o endividamento bancário, que recuou de R$ 259,2 milhões para R$ 202,2 milhões, uma diminuição de 22%. Além disso, a diretoria financeira destacou a quitação de R$ 15 milhões em parcelamentos bancários e débitos fiscais, assim como o pagamento de R$ 2,7 milhões relacionados a direitos federativos e intermediações de atletas.

No que diz respeito aos custos do futebol, o clube gastou R$ 309,3 milhões entre janeiro e setembro. Desses valores, R$ 39,7 milhões foram direcionados à base e R$ 35,4 milhões ao elenco profissional, incluindo despesas com luvas e renovações contratuais. As despesas totais do clube no período chegaram a R$ 384,5 milhões, superando em R$ 91 milhões o que havia sido previsto, o que representa um desvio de 31%.

O relatório ainda ressalta que as medidas de contenção implementadas até o momento "ainda não foram suficientes para o cumprimento do Covenant", que impõe limites financeiros e exige um equilíbrio orçamentário. Dessa forma, o clube se vê na necessidade de intensificar a geração de receitas por meio de transferências de jogadores. Até setembro, o São Paulo arrecadou R$ 233,1 milhões com vendas de atletas, cifra que é mais do que o dobro do montante inicialmente projetado no orçamento. Segundo o relatório, é esperado que novas saídas ocorram até o fim do ano para garantir o superávit financeiro.

No que tange à situação financeira geral, o fundo deve disponibilizar R$ 240 milhões ao clube, dos quais R$ 135 milhões já foram liberados e utilizados em despesas operacionais e amortização de dívidas. Aproximadamente R$ 39 milhões já retornaram aos investidores. Este relatório consolida a análise da situação financeira do clube no intervalo de janeiro a setembro, representando a mais recente estratégia do São Paulo para balanço e reestruturação econômica.