No último dia 5 de outubro, as acusações de erros de arbitragem durante o Choque-Rei ainda ressoam no Morumbi. Em uma coletiva realizada nesta terça-feira no SuperCT, o presidente do São Paulo, Julio Casares, expressou seu descontentamento ao afirmar que não deseja mais que o árbitro Ramon Abatti Abel dirija os jogos da equipe. A polêmica envolveu também o árbitro de vídeo, Ilbert Estevam da Silva, ambos afastados pela CBF após os incidentes ocorridos na partida, onde o São Paulo perdeu por 3 a 2 em sua casa.
Casares enfatizou a insatisfação do clube com diversos lances que considerou prejudiciais, reclamando de pelo menos cinco situações que impactaram diretamente o resultado da partida. 'Muitas vezes ouço pessoas comentando sobre a falta de bastidor para tal time. Todos os clubes enfrentam problemas com a arbitragem, todos têm seu fundo de bastidor. Diante da péssima atuação, não apenas do árbitro, mas também da equipe do VAR, nós nos dividimos. Enquanto alguns diretores conversavam com a imprensa, eu permaneci em diálogo com o presidente da CBF, Samir Xaud, até a meia-noite', disse Casares.
O Santos foi ativo nos bastidores, pressionando pela liberação dos áudios do VAR relacionados aos lances controversos do clássico. Após insistir em solicitações de transparência, os áudios acabaram sendo divulgados pela CBF. 'Os pontos não voltarão. Eles eram quase garantidos, considerando que um pênalti a nosso favor e jogar com um a mais dificilmente garantiria outro resultado. Lamentamos a situação e a CBF adotou medidas. O São Paulo foi firme na busca pela divulgação dos áudios', declarou o presidente do clube.
Na coletiva, Casares também apresentou propostas para melhorar a relação entre clubes e a arbitragem, sugerindo a criação de um ranking para os árbitros e a possibilidade de entrevistas rápidas com eles após as partidas. 'Precisamos avançar na profissionalização e renovação de árbitros. Há rankings para diversas áreas, por que não para a arbitragem? O técnico atende a todos na coletiva, e o árbitro não pode se expor a algumas perguntas de forma regulamentada? É um ponto necessário a ser considerado', argumentou.
Casares também lembrou um erro de arbitragem que custou ao São Paulo uma vaga na final do Campeonato Paulista anterior, quando um pênalti questionável foi marcado a favor do Palmeiras. 'Erros acontecem e há pedidos de desculpas, mas os pontos não voltam. Poderíamos ter sido campeões. O São Paulo agiu de modo rápido e assertivo, e sempre fará o mesmo em situações semelhantes', concluiu.
O São Paulo se prepara agora para os próximos jogos do Campeonato Brasileiro, enfrentando o Grêmio e o Mirassol nas próximas rodadas, e espera que suas reivindicações em relação à arbitragem sejam ouvidas para evitar novos contratempos.
Este vagabundo, juizinho de meia tigela tinha que estar preso e o São Paulo indenizado.