Casares defende contratação de Oscar pelo São Paulo como investimento responsável

Na manhã desta terça-feira, dia 14, o presidente do São Paulo, Julio Casares, concedeu uma entrevista coletiva no CT da Barra Funda. Um dos principais tópicos discutidos foi a contratação do meio-campista Oscar, que atraiu questionamentos da torcida após mais uma lesão do jogador. Essa é a quarta contusão que o atleta sofreu desde sua chegada ao clube. Casares defendeu a contratação, considerando-a "responsável", e explicou que o São Paulo divide a responsabilidade dos salários do jogador com a patrocinadora máster, Superbet.

"Acredito que tanto Oscar quanto outros atletas foram contratações responsáveis. Quando decidiu pelo São Paulo, Oscar estava sendo cobiçado por dois grandes clubes do Brasil. Suas contusões fazem parte do panorama esportivo, que afeta outros jogadores também. Esperamos que ele se recupere e traga alegrias conforme previsto em sua contratação", afirmou Casares durante a coletiva.

Sobre os detalhes financeiros, ele destacou que a parceria com a Superbet contribuiu significativamente para a chegada de Oscar. "A parceria garante que menos da metade dos salários do jogador seja bancada pelo patrocinador, o que nos oferece segurança na renovação com eles e na chegada do Oscar. Todas as contratações têm sido feitas de maneira responsável", continuou o presidente.

Entretanto, a recente lesão de Oscar na panturrilha esquerda foi confirmada na última segunda-feira, dia 13. Após ter retornado aos relacionados com a equipe após uma fratura em três vértebras na região lombar, ele precisará de mais tempo para se recuperar, o que deve durar cerca de um mês, segundo apurações da ESPN.

Casares também abordou a questão das lesões no elenco, que têm sido recorrentes na temporada atual. Além de Oscar, Lucas passou por problemas no joelho, e os centroavantes Calleri e Ryan Francisco enfrentaram lesões de ligamento cruzado anterior. Apesar dessas dificuldades, o presidente acredita que o problema não está no departamento médico do clube, mas sim nas condições de jogo e na intensidade do calendário.

"Entendemos que o departamento médico recupera jogadores lesionados. Muitos criticam o DM, mas temos um ótimo Reffis, com os melhores equipamentos e profissionais. As lesões não são exclusivas do São Paulo, e é um fenômeno observável em todos os clubes. A intensidade do calendário, gramados ruins e a qualidade variável dos campos têm contribuído para esse cenário”, analisou.

Em meio a isso, a coletiva de Casares faz parte de uma série de medidas que visam trazer mais transparência ao clube, especialmente neste fim de mandato. O São Paulo iniciou a abertura de treinos à imprensa e passou a emitir relatórios periódicos sobre a gestão e saúde do time. Além disso, foram prometidas informações sobre valores de transferências de atletas e uma prestação de contas mais frequente.

Essas mudanças de postura vieram após protestos da Torcida Independente, uma das principais organizadas do clube, que reclamaram da gestão atual. Casos de protestos atingiram a cúpula do clube, incluindo Casares e demais diretores. Como próximos desafios, o São Paulo se prepara para enfrentar o Grêmio no dia 16 de outubro, o Mirassol no dia 19 e o Bahia no dia 25, todos pelo Brasileirão.