STJD denuncia árbitros, dirigentes do São Paulo e atleta do Palmeiras

As polêmicas que surgiram após o clássico entre São Paulo e Palmeiras, realizado no último domingo, continuam a repercutir. A Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu denunciar a equipe de arbitragem, dirigentes do Tricolor e o atacante do Verdão, Vitor Roque. A partida terminou com a vitória do Palmeiras, que virou o placar para 3 a 2, no Morumbi, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A arbitragem ficou em destaque devido a decisões controversas. O árbitro de campo, Ramon Abatti Abel, e o árbitro de vídeo (VAR), Ilbert Estevam da Silva, foram denunciados com base no artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de "deixar de observar as regras da modalidade". As punições para ambos podem variar de 15 a 120 dias. Em consequência das denúncias, a CBF afastou a dupla.

Os diretores do São Paulo, Rui Costa e Carlos Belmonte, também enfrentam consequências legais. Eles foram enquadrados no artigo 258 do CBJD, que menciona "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva". A súmula do jogo detalha que os dirigentes fizeram xingamentos no túnel de acesso aos vestiários, onde foram identificados pelo delegado da partida. Em caso de condenação, a punição prevista para os dirigentes é de suspensão de 15 a 180 dias.

A equipe do São Paulo levantou protestos em relação a possíveis erros da arbitragem, sendo o mais contestado um pênalti não marcado quando o Tricolor liderava a partida por 2 a 0. A falta ocorreu nos primeiros minutos do segundo tempo, mas a arbitragem interpretou que houve apenas um "escorregão" do jogador palmeirense. Além disso, o clube argumenta que houve falta em Tapia na origem do primeiro gol do Palmeiras e defende que Gustavo Gómez e Andreas Pereira deveriam ter sido expulsos.

A controvérsia se estendeu ao atacante Vitor Roque, que se envolveu em uma polêmica após a partida. Ele publicou em seu perfil do Instagram uma imagem que gerou críticas, mostrando um tigre mordendo o pescoço de um veado. O jogador, conhecido como "Tigrinho", foi enquadrado no artigo 243-G do CBJD, que aborda práticas de atos discriminatórios. As punições para tais atos podem variar de cinco a dez jogos, além de multas que vão de R$ 100 a R$ 100.000.