No último domingo (5), o São Paulo viveu um verdadeiro drama em seu clássico contra o Palmeiras, válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O primeiro tempo trouxe esperanças para a equipe do Tricolor, que parecia dominar a partida com o ataque formado por Luciano e Gonzalo Tapia. Com o retorno de jogadores importantes, como Marcos Antonio, o time apresentava um desempenho positivo. O primeiro gol foi resultado de uma jogada bem armada, começando com uma leitura apurada de Sabino, passando por Marcos Antonio, que fez um ótimo passe, até que Luciano finalizou com precisão. O segundo gol, marcado por Tapia, explorou as falhas da defesa palmeirense e consolidou o domínio são-paulino nos primeiros 45 minutos.
Os números evidenciam a atuação destacada dos jogadores. Gonzalo Tapia, que jogou durante 82 minutos, anotou um gol e, segundo o Sofascore, teve 82% de precisão nos passes, além de ter sido eficiente em dribles e duelos. Luciano, que atuou os 90 minutos, também deixou sua marca no placar, somando uma boa quantidade de passes com precisão. Até aquele momento, a partida parecia ter o enredo ideal para a equipe paulista, até que a arbitragem se tornou a protagonista negativa da história.
No segundo tempo, o cenário mudou drasticamente. As decisões controversas do árbitro deixaram o São Paulo irritado, especialmente com dois lances que Hernán Crespo classificou como "escandalosos". O primeiro foi uma penalidade não marcada sobre Gonzalo Tapia, que sofreu falta dentro da área. O segundo diz respeito à falta dura de Andreas Pereira em Marcos Antonio, que deixou o jogador são-paulino sangrando. A comparação com a expulsão de Emiliano Rigoni em uma situação semelhante reforçou a sensação de injustiça. A ausência de uma análise do VAR em momentos críticos deixou incertezas sobre a legitimidade das decisões tomadas durante o jogo.
Essa questão gerou discussões acaloradas entre a torcida e a diretoria do São Paulo. Carlos Belmonte e Rui Costa, em declarações à imprensa, ressaltaram que os erros de arbitragem foram inaceitáveis e tiveram um impacto direto no resultado. Rui Costa comentou sobre a inconsistência na aplicação das regras, afirmando que decisões semelhantes estavam sendo tratadas de maneira desigual. Os protestos da equipe refletem um mal-estar em relação à arbitragem, que, segundo os dirigentes, precisa ser mais coerente para dar segurança aos jogadores.
Com o clima tenso em campo, o Palmeiras aproveitou a situação nervosa do adversário e conseguiu reverter a partida. Os gols da equipe alviverde não apresentaram irregularidades e garantiram a virada. Agora, o foco se volta para os próximos desafios de ambas as equipes. O São Paulo deve formalizar uma manifestação à CBF sobre os erros de arbitragem, enquanto se prepara para o confronto contra o Grêmio no dia 16 de outubro, após a Data FIFA. Já o Palmeiras, em um momento mais favorável, lidera o campeonato com 55 pontos, enquanto o Tricolor ocupa a oitava posição, com 38 pontos, cada vez mais distante da zona de classificação para a Libertadores.
