São Paulo se manifesta contra arbitragem após clássico: "Vergonha"

Rui Costa e Carlos Belmonte, dirigentes do São Paulo, se pronunciaram após a amarga derrota do time por 3 a 2 contra o Palmeiras, em um clássico realizado no Morumbi. As declarações ocorreram em uma zona mista, onde os dirigentes falaram em nome dos jogadores devido às polêmicas relacionadas à arbitragem. O juiz Ramon Abatti Abel esteve à frente da partida e foi alvo das críticas.

As principais controvérsias envolveram dois lances específicos. O primeiro foi a ausência de uma penalidade a favor de Gonzalo Tapia, que foi derrubado por Allan dentro da área. O segundo lance polêmico foi a falta de um cartão para Andreas Pereira após uma entrada dura em Marcos Antonio. Importante ressaltar que a suposta penalidade ocorreu em um momento em que o São Paulo liderava a partida por 2 a 0, o que intensificou a revolta do time em relação à decisão não consultada do árbitro de vídeo (VAR).

A fala de Carlos Belmonte centrou-se na ausência da verificação do VAR. O diretor de futebol expressou sua indignação, afirmando que o chefe do VAR não estava presente e questionando a eficácia do sistema. "Eu acho que o Ilbert, que era o chefe do VAR hoje, não veio. Não dar o pênalti no Tapia quando o jogo estava 2 a 0 é inacreditável", criticou. Ele acrescentou que a falta de intervenção do VAR em um lance claro revela a ineficiência do sistema no Brasil, referindo-se ao VAR como uma "vergonha" no contexto do futebol nacional.

Em uma postura cautelosa, Rui Costa também fez suas considerações. Ele enfatizou que estava se manifestando em nome dos atletas do São Paulo para protegê-los de possíveis punições, dada a gravidade dos erros de arbitragem. "Os erros de hoje não são erros comuns, não são erros sequer de interpretação", afirmou, ressaltando que as falhas foram grosseiras e inegáveis, sem deixar margem para dúvidas. Costa concluiu apontando que a responsabilidade sobre os erros cabe à CBF, e não aos clubes, que atuam dentro do que a lei permite.