A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um novo calendário para o futebol nacional que abrangerá o período de 2026 a 2029. Com o intuito de otimizar o número de jogos disputados por times da Série A e proporcionar mais partidas para outras equipes, diversas mudanças foram propostas. Entre as principais alterações estão a redução do número de datas dos campeonatos estaduais de 16 para 11, a antecipação do início do Campeonato Brasileiro para o dia 28 de janeiro e um novo formato para a Copa do Brasil, que contará com a entrada das equipes da Série A em fases posteriores e a final sendo disputada em jogo único.
Entidades representativas de seis clubes da elite do futebol brasileiro expressaram apoio às mudanças. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, enfatizou a importância da redução das datas estaduais e destacou que a CBF deu um passo significativo para um calendário mais justo, respeitando a integridade dos atletas e valorizando o cenário do futebol brasileiro.
Julio Casares, presidente do São Paulo, também elogiou as reformas, ressaltando a necessidade de alinhamento entre clubes de diferentes categorias. Para ele, a iniciativa reflete um compromisso da nova gestão da CBF em promover melhorias no futebol nacional.
Marcelo Teixeira, do Santos, comentou sobre a relação das mudanças com o calendário da Copa do Mundo, mencionando como estas poderão abrir novas oportunidades comerciais e aprimorar a performance dos atletas. Ele ainda enfatizou a importância do novo calendário na valorização do futebol brasileiro em um contexto global.
Fabio Pizzamiglio, presidente do Juventude, destacou que as alterações trazem um resultado positivo ao forçar os clubes a se organizarem mais cedo. A criação da Copa Sul-Sudeste foi citada como uma conquista aguardada e recebida com entusiasmo.
João Paulo Silva, do Ceará, sinalizou a abertura para diálogos sobre a estrutura do calendário, reforçando a importância de manter a participação do clube em competições regionais, como a Copa do Nordeste.
Thairo Arruda, CEO do Botafogo, elogiou a nova gestão da CBF pela coragem e firmeza diante de desafios do futebol, reafirmando a importância das reformulações no calendário como um progresso para o esporte.
As mudanças no calendário impactarão diretamente tanto os estaduais quanto o Campeonato Brasileiro. A CBF reconhece a relevância dos estaduais, que continuarão a existir, mesmo que em um formato reduzido. Isso abrirá espaço para que o Brasileirão comece mais cedo, permitindo um melhor planejamento em relação à pausa para a Copa do Mundo, que terá uma duração maior devido à ampliação do número de seleções participantes.
Um desafio presente no novo formato é a sobreposição de competições: a disputa do Brasileirão ocorrerá simultaneamente com os estaduais e as fases preliminares da CONMEBOL Libertadores, o que pode gerar conflitos de agenda para alguns clubes.
Em relação à Copa do Brasil, a competição se tornará mais inclusiva, ampliando o número de participantes de 92 para 126. As quatro primeiras fases ocorrerão em jogo único, dedicadas a equipes de menor classificação, enquanto os clubes da Série A entram na quinta fase. A final passará a ser disputada em jogo único, com a sede sendo definida previamente.
Os torneios regionais também sofrerão modificações, com a Copa do Nordeste aumentando para 20 participantes e a Copa Verde sendo dividida em conferências. Será instituída uma nova Copa Sul-Sudeste, envolvendo 12 times e visando garantir um maior espaço para os clubes menores.
Por fim, tanto a Série C quanto a Série D receberão mudanças significativas, com a Série C limitando os rebaixamentos a dois clubes por ano e a Série D aumentando o número de participantes de 64 para 96, favorecendo o crescimento do calendário para os times menores. O novo calendário será inaugurado pela Supercopa do Brasil, cuja data e local ainda estão pendentes de definição.