Belmonte permanece no São Paulo após protestos e deve resistir a críticas

Carlos Belmonte, o diretor de futebol do São Paulo, parece decidido a permanecer no clube, apesar da crescente pressão da torcida e dos protestos que marcaram o dia de hoje no Morumbi. De acordo com informações obtidas pelo UOL, Belmonte, que foi um dos principais alvos das críticas da torcida organizada Independente antes do jogo contra o Ceará, não irá pedir demissão. Embora haja um desconforto evidente em relação ao tom das manifestações, a expectativa é que o trabalho continue.

Embora não exista uma divisão clara entre os setores do clube, há uma discordância entre os apoiadores do presidente Julio Casares e os partidários de Belmonte. A polêmica envolve a proposta de entrada do fundo de investimentos Galápagos, que busca ter 30% das categorias de base do São Paulo. O grupo político que apoia Belmonte é mais cético em relação a essa proposta, enquanto os seguidores de Casares veem isso como uma possibilidade de desenvolvimento para o setor de base.

Os protestos deste dia não se limitaram apenas a Belmonte e Casares; executivos como Rui Costa, Dedé e Chapecó também sentiram o peso das críticas. No entanto, os mais visados foram, sem dúvida, o diretor de futebol e o presidente. O clima de hostilidade em relação a Casares foi palpável, e lembrava os protestos ocorridos após a eliminação do time na Libertadores por parte da LDU, na última quinta-feira.

Antes do início da partida, cartazes com as mensagens "fora Casares" e "fora Belmonte" foram vistos em postes nos arredores do estádio. Faixas e gritos de insatisfação contra a diretoria também marcaram o ambiente, especialmente em relação às recentes vendas de jogadores formados nas categorias de base. O São Paulo, enfrentando um momento conturbado, retornará aos gramados nesta quinta-feira, quando enfrentará o Fortaleza pela 26ª rodada do Brasileirão, no Castelão, às 19h30 (hora de Brasília).