Uma nova abordagem na arbitragem estará em fase de testes no futebol brasileiro: o Desafio de Vídeo. A Federação Paulista de Futebol implementará essa tecnologia nas semifinais da Copa Paulista, que se iniciam nesta sexta-feira (19), às 20h (horário de Brasília), com o jogo entre Comercial e XV de Piracicaba.
Renata Ruel, ex-árbitra e comentarista da ESPN, visitou o sistema de Desafio de Vídeo e explicou como o recurso funciona. "Ao contrário do VAR convencional, os treinadores poderão solicitar desafios. Cada técnico terá direito a dois desafios. Se as reivindicações forem corretas, eles mantêm seus desafios; caso contrário, perderão esse direito", esclareceu.
Quando ocorrer um desafio, o árbitro se dirigirá à cabine, acompanhado de um operador, para avaliar se houve alguma infração, como uma penalidade ou um cartão vermelho. "Este é um modo diferente do que estamos acostumados", completou Ruel.
O novo formato é mais econômico e não utiliza tanta tecnologia quanto o VAR tradicional, podendo proporcionar uma experiência diferenciada de arbitragem em mais jogos. Além disso, reduz a pressão que anteriormente recaía exclusivamente sobre o árbitro, permitindo que os times e seus técnicos façam as solicitações nos lances que considerem necessários.
Um treinador poderá solicitar um desafio quando acreditar que houve um erro claro em quatro situações: gol, pênalti, cartão vermelho direto ou um cartão aplicado ao jogador errado. Para isso, o gesto a ser realizado consiste em girar o dedo no ar e, em seguida, entregar ao quarto árbitro um cartão de solicitação de desafio.
Ao contrário do VAR tradicional, que conta com uma equipe extensa de árbitros de vídeo e múltiplas câmeras, o FVS (Football Video Support, ou Vídeo Suporte ao Futebol) foi projetado para contextos mais simples, onde é viável oferecer suporte técnico adicional aos árbitros. O objetivo é democratizar a utilização da tecnologia, permitindo que torneios de diferentes dimensões possam se beneficiar de revisões em lances cruciais.