O São Paulo Futebol Clube se prepara para mais um desafio na Libertadores, desta vez enfrentando a LDU. Em paralelo, um relatório da Outfield, que colabora com a Galapagos na gestão do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) do clube, revela um panorama financeiro otimista para o Tricolor paulista no primeiro semestre de 2025.
Embora o documento aponte que os resultados financeiros até o momento não foram suficientes para cumprir com o Covenant, o relatório é claro ao destacar a recuperação do clube. Isso se deve, em parte, a novas receitas provenientes do Departamento de Marketing, com renovações significativas de patrocínios e a venda de atletas, que estão colocando o São Paulo em uma trajetória rumo a um superávit ao final do ano.
Uma das boas notícias apresentadas no relatório é a redução da dívida bancária do clube. Após registrar uma dívida de R$ 259,26 milhões em 2024, o número caiu para R$ 215,86 milhões, o que representa uma diminuição de cerca de 17%. O objetivo do FIDC é, precisamente, auxiliar na diminuição desse endividamento, e as medidas tomadas já demonstram resultados positivos.
O São Paulo tem a expectativa de receber R$ 240 milhões do fundo de investimentos, dos quais R$ 135 milhões já foram alocados até o momento. Os R$ 105 milhões restantes serão recebidos conforme o clube apresentar novas receitas elegíveis para antecipação. Além disso, um empréstimo de R$ 50,6 milhões foi solicitado pelo clube para melhorar o fluxo de caixa, o que está dentro das normas do FIDC, conforme aprovação do Comitê de Crédito do fundo.
Entretanto, o relatório também indica um "desenquadramento" significativo de aproximadamente R$ 78 milhões devido a despesas que superaram as previsões no Futebol Profissional. Apesar de ajustes realizados, ainda há necessidade de otimizar as receitas de transferências de atletas para equilibrar as contas.
As vendas de jogadores, por sua vez, superaram as expectativas. Enquanto a previsão inicial era arrecadar R$ 44,21 milhões, o clube conseguiu um valor impressionante de R$ 107,28 milhões com negociações de atletas. O São Paulo destacou também que, no primeiro semestre, não houve gastos com a compra de direitos econômicos, resultando em uma diminuição de 37% nas despesas relacionadas à aquisição de atletas em comparação ao mesmo período de 2024.
Apesar de registrar perdas operacionais de R$ 23,1 milhões e R$ 10,5 milhões nos dois primeiros trimestres de 2025, o clube conseguiu uma melhoria significativa em relação ao prejuízo de R$ 287 milhões do ano anterior. Isso demonstra que as medidas de austeridade adotadas estão começando a gerar resultados positivos, como a redução de gastos com contratações e a adequação do elenco.
