O técnico Luis Zubeldía demonstrou descontentamento com as perguntas sobre o suposto ato de xenofobia de Damián Bobadilla durante um confronto com Miguel Navarro, que ocorreu na partida entre São Paulo e Talleres. O episódio, que se desenrolou na última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, gerou intenso debate, especialmente após o jogador Navarro ter deixado o campo visivelmente emocionado, sem querer continuar participando da partida. Embora o árbitro tenha negado seu pedido de substituição, a cena acabou ecoando profundamente entre os presentes.
Zubeldía enfatizou a importância do resultado positivo da equipe, que conquistou a vaga para as oitavas de final como líder do Grupo D, em meio a uma série de dificuldades e com muitos jogadores jovens em campo. Ele expressou sua insatisfação ao afirmar: “Nos classificamos em primeiro [lugar do grupo] com um time com muitos desfalques, todos se entregando ao máximo, e as duas primeiras perguntas não têm nada a ver com isso.” O treinador se mostrou perplexo com o foco da imprensa na confusão em vez de celebrar o sucesso da equipe.
Ele continuou: “Imagine você no meu lugar, estou a 50 metros, vejo que o jogo para por dez minutos, o que posso saber eu dessa situação?” Zubeldía ficou incomodado que a situação envolvendo Bobadilla e Navarro tivesse ofuscado a conquista esportiva de sua equipe, reiterando que em outras circunstâncias, questionamentos sobre performances de jogadores e estratégias de jogo teriam sido mais pertinentes. “Se tivéssemos empatado, iriam falar sobre as substituições, sobre a torcida estar enojada,” completou.
Após o tumulto, Bobadilla abandonou rapidamente o Morumbis, evitando a imprensa e eventuais confrontos com seus oponentes, além de possíveis consequências legais. Ele está agendado para prestar depoimento na Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) nesta quarta-feira. Por outro lado, Miguel Navarro se manifestou em redes sociais, reafirmando as alegações de xenofobia e prometendo que “irá lutar até as últimas consequências” em decorrência do que aconteceu.
Tá certo o Zubeldia, quem teria que se manifestar seria a diretoria omissa que deixou o técnico com os leões.
É UM FATO PROFUNDAMENTE LAMENTÁVEL. COISAS DE TERCEIRO MUNDO.