
Se eu fosse a maior cidade do Brasil, o mais importante Estado da Federação ou, sobretudo, o homônimo time, daria uma homérica banana para a FIFA e mandaria a Copa de 2014 às favas.
Seria o fim de uma novela chatíssima!
Com tanto caso criado, por que ficar se humilhando por “migalhas† (milionárias, diga-se), estatais ou privadas, para a reforma do Morumbi?
Quero ver a cara do governador José Serra, do prefeito Gilberto Kassab, do “paulista† Lula, do ministro Orlando Silva e de deputados, vereadores, secretários, assessores e “aspones† se o Cícero Pompeu de Toledo sair da disputa.
Todo político ou aspirante a tal quer, precisa e gosta de aparecer.
E nada como um palanque com a cortina da Copa para fazê-lo, não é mesmo?
Se não o Morumbi, qual outro local para abrigar a tão sonhada abertura em São Paulo?
Pirituba?
E como se chega lá?
O Metrô, de um lado, só vai até Itaquera. Do outro, pouco além de Santana. Para o oeste, o fim da linha é a “grande† Pompéia. Em direção ao sul, o Jabaquara.
Cabe estádio nesse entorno?
Não.
Ah, mas o Morumbi também não tem Metrô!
Não, mas as obras estão em andamento e já até interditaram a Avenida Francisco Morato para a passagem do Tatuzão, a megamáquina que faz a perfuração do solo.
Quanto ao Cícero Pompeu de Toledo, primeiro reclamaram da falta de estacionamento, depois do tal espaço para imprensa.
Agora é o presidente da Fifa quem afirma que o estádio não pode abrigar abertura nem final.
Ou seja, sobrou o bagaço da laranja.
Quiçá um Zaire x Ilhas Maurício.
São Paulo, o time, a cidade e o Estado, não precisam se humilhar.
Ou precisam?
Essa procrastinação retórica, de que uma hora vai, outra hora não vai, hoje serve, amanhã não serve, já encheu os “pataquá†.