O Morumbi não tem hoje condições de abrir a Copa do Mundo de 2014 ou sediar partidas das semifinais da competição, segundo a autoridade máxima do futebol, o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
O dirigente suíço deixou isso claro ontem, em entrevista após reunião do Comitê Executivo da entidade, no Rio.
Até ontem, era o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, quem se manifestava publicamente sobre o caso. A única maneira de mudar a situação, de acordo com Blatter, seria haver reformas no Morumbi.
"Temos uma lista de exigências para se ter acesso à partida de abertura e às semifinais. Até este momento, o estádio proposto, o Morumbi, não está nessa categoria. Isso não significa que está fora da Copa. Está na Copa, mas não nessa categoria. Se eles quiserem entrar, precisam adicionar algumas coisas", declarou Blatter.
Ao ser questionado sobre o assunto, o presidente da Fifa demonstrou estar propenso a novas alternativas para o estádio em São Paulo. Ele afirmou ter recebido informação de que a prefeitura da cidade construiria um novo estádio para a Copa --na verdade, a prefeitura se referia a uma remodelação do Pacaembu, que, no entanto, não seria para o Mundial.
"Se a informação que ouvi esta manhã está correta, de que o prefeito de São Paulo falou que vai construir um estádio novo em folha, então, não haveria mais problema", afirmou.
O presidente da Fifa ratificou que serão 12 as sedes da Copa de 2014, número considerado "exatamente correto" para um país como o Brasil. De acordo com ele, a ideia inicial da Fifa era ter dez sedes, porém a entidade foi convencida pelos argumentos do comitê organizador.
Olimpíada
O Comitê Executivo da Fifa também definiu ontem que um grupo de trabalho será criado para estudar duas alternativas para o futebol olímpico. A primeira, atual, permite a presença de jogadores de até 23 anos, mais três atletas com idade superior; a segunda opção é aceitar apenas a presença de jogadores com menos de 21 anos.
A decisão deve estar tomada até dezembro, mas Blatter prometeu discutir o assunto em reunião com o presidente do COI, Jacques Rogge, na sexta.