Antes de se destacarem como jogadores profissionais, Lucas Moura e Oscar brilharam nas categorias de base do São Paulo, onde conquistaram um importante título internacional. Em 2008, o Mundialito Sub-17, realizado na Espanha, marcou um momento memorável para o Tricolor, com Oscar se destacando como protagonista e Lucas, então conhecido como Marcelinho, acompanhando a conquista como um observador. Juntos com outros talentos promissores, como o artilheiro Henrique Almeida e o volante Casemiro, atualmente atuando no Manchester United, eles formaram uma equipe repleta de expectativa.
Atualmente na casa dos trinta anos, Lucas e Oscar buscam a oportunidade de vencer um título juntos pelo São Paulo, clube que os formou. Na próxima segunda-feira, eles enfrentarão o Palmeiras nas semifinais do Campeonato Paulista, em um jogo único no Allianz Parque. Há quase 17 anos, os dois dividiram experiências em um torneio que culminou com uma emocionante vitória nos pênaltis contra o Barcelona na semifinal, seguida por uma vitória de 2 a 1 sobre o Espanyol na final. Embora Oscar tenha sido o único a jogar na decisão, Lucas fez uma promessa que ele honrou da sua própria maneira.
O supervisor de Análise de Desempenho do São Paulo, Adriano Titton, que era preparador físico na época, recorda que Lucas era o mais jovem do grupo e uma grande promessa. Quando a equipe chegou ao torneio, percebeu que as outras seleções apresentavam jogadores na idade máxima permitida, o que tornava arriscado colocar Lucas em campo. Mesmo assim, ele não deixou que isso diminuisse sua euforia pela conquista. Após o apito final, Lucas atravessou o campo de joelhos, cumprindo uma promessa que, segundo Titton, refletia sua mentalidade coletiva e não apenas um desejo individual.
Oscar, que foi considerado o melhor jogador do torneio, contribuiu com um gol e duas assistências. O São Paulo enfrentou equipes como CA Madrid, Albacete Balompié e Cruz Azul do México na fase de grupos, conquistando quatro vitórias, um empate e uma derrota, totalizando 13 gols, sendo Henrique o destaque, com seis gols marcados. O torneio, que era conhecido como "Mundial de Clubes de La Comunidad de Madrid Sub-17", ficou marcado na história do clube.
Lucas também sonhou com a possibilidade de jogar na final. Com apenas 16 anos, ele compartilhou com membros da comissão técnica seu desejo de entrar durante o segundo tempo e marcar o gol da vitória. No entanto, essa informação não chegou ao conhecimento do técnico Zé Sérgio, que optou por escalar outros jogadores. O São Paulo acabou vencendo a final por 2 a 1, com Henrique e Diego marcando os gols, ambos assistidos por Lucas Gaúcho.
No ano seguinte, em 2009, a base do São Paulo voltou ao torneio, agora sem Oscar, mas com Lucas como protagonista. A equipe alcançou a semifinal, mas foi eliminada pelo Rayo Vallecano. Assim, a história da base do São Paulo no cenário internacional continua a ser contada e repleta de memórias marcantes para seus jogadores e torcedores.