O São Paulo vive um momento de reviravolta significativa, especialmente no que diz respeito ao seu time sub-20. Com a conquista da Copinha no último sábado (25), a equipe chegou ao seu segundo troféu em um curto espaço de tempo, sinalizando uma nova fase para o clube. A trajetória até a conquista, no entanto, não foi tranquila. No início de 2024, o Tricolor se encontrava em uma situação complicada, eliminado nas oitavas da Copinha e apresentando um desempenho frustrante no Brasileirão Sub-20, onde terminou apenas na 15ª posição.
A transformação começou a se desenhar no Campeonato Paulista Sub-20, onde o São Paulo obteve um desempenho impressionante: 20 vitórias, um empate e uma derrota nas fases iniciais. Após vencer o Desportivo Brasil nas quartas e o Bragantino na semi, a equipe enfrentou o Novorizontino na final, mas não conseguiu levar o troféu. Com isso, a pressão aumentou, e o time buscou redenção na Copa do Brasil Sub-20, conseguindo chegar à final contra o Palmeiras, um confronto esperado que prometia ser desafiador.
Na final da Copa do Brasil, após ver o Palmeiras abrir 2 a 0 no primeiro tempo, o São Paulo pressionou e conseguiu virar o jogo, mostrando resiliência e garra. A cena se repetiu na Copinha, quando enfrentou o Corinthians, que também abriu vantagem de dois gols. Mais uma vez, o Tricolor mostrou seu poder de recuperação, garantindo a vitória nos acréscimos.
Entre a final da Copa do Brasil e a conquista da Copinha, menos de dois meses se passaram, revelando a capacidade de superação da equipe após um início de ano desastroso. Os jogadores expressaram sua gratidão pelo título após enfrentarem duras críticas durante a má fase. Paulinho, um dos destaques, declarou que o grupo havia recebido muitas insinuações negativas, mas que a persistência os havia levado a triunfar.
Nos bastidores, a diretoria do São Paulo também caminhou para mudanças significativas. Douglas Schwartzmann, que passou de Secretário-Geral para Supervisor das categorias de base em Cotia, introduziu diversas melhorias, incluindo a promoção do técnico Allan Barcellos, que guiou a equipe na nova direção. O ex-treinador Márcio Araújo também foi contratado para ajudar na integração das categorias de base, promovendo talentos e estabelecendo um sistema coeso entre as equipes.
Além disso, o clube investiu em tecnologia para maximizar o desempenho dos jogadores. A implementação do TecFut, um laboratório em Cotia que visa aumentar a potência dos atletas durante os jogos, foi um passo importante nessa direção. Sob a supervisão do doutor Eduardo Rauen, o laboratório contribuiu para as viradas espetaculares no segundo tempo das partidas.