Pressionado por mais um possível rebaixamento no Brasileiro, o São Paulo dos pontos corridos destoa daquele dos mata-matas. Na quinta-feira, o clube se classificou para a final da Copa Sul-Americana, sua primeira final internacional em 10 anos.
A última foi justamente na Sul-Americana de 2012, que terminou com o título para o clube paulista.

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Em 11 confrontos de mata-mata na temporada, o São Paulo saiu vitorioso em 10 deles: São Bernardo e Corinthians no Campeonato Paulista, Campinense, Manaus, Juventude, Palmeiras e América-MG na Copa do Brasil e mais Universidad Católica, Ceará e Atlético-GO na Sul-Americana. Só perdeu a final do Estadual para o Palmeiras.
O aproveitamento bem sucedido de 90,9% até aqui é algo impressionante até mesmo para esquadrões marcantes na história tricolor. Tal número é o melhor rendimento em torneios de mata-mata desde o ano de 1991, quando o São Paulo, no início da era Telê Santana, terminou o ano com 100% de sucesso em três confrontos do tipo.
Isso significa dizer que nem o time bicampeão do mundo em 1992 e 1993 ou o último elenco a ganhar Conmebol Libertadores e Mundial de Clubes, em 2005, conseguiram tamanho rendimento nos mata-matas.
Em 1992, a equipe de Zetti, Raí e Telê ganhou 7 de 8 confrontos (aproveitamento de 87,5%). No ano seguinte, venceu 12 de 14 (85,71%), e em 1994 passou em 10 de 13 duelos eliminatórios (76,92%). Em 2005, o aproveitamento foi de 85,71%, ao se classificar em 6 das 7 oportunidades.
Claro que é preciso fazer um contexto histórico das situações. Em todos os anos citados, o São Paulo conseguiu números impressionantes jogando a Libertadores, principal torneio do continente, com alguns de seus times mais fortes e contra adversários de nível superior à maioria dos rivais desta temporada.
Mas também é verdade que o aproveitamento é um fator motivacional para que o atual elenco consiga terminar 2022 com um título internacional, glória que o Tricolor não alcança desde a própria Sul-Americana de 2012.
O São Paulo também está na semifinal da Copa do Brasil. Essa, porém, ficou uma tarefa mais difícil após derrota por 3 a 1 para o Flamengo, no Morumbi, e vai exigir um poder de reação histórico da equipe no Maracanã, no dia 14 de setembro.
Disputar mais uma final vai oferecer ao clube um feito marcante também, já que desde 2006 o São Paulo não jogava duas decisões em um mesmo ano. Na ocasião, as finais foram as da Libertadores e da Recopa Sul-Americana, ambas perdidas para Internacional e Boca Juniors, respectivamente.
E, se reagir contra o Flamengo, o São Paulo terminará o ano com três finais disputadas, algo inédito desde 1994, quando o time encarou Recopa, Copa Conmebol e Libertadores. O elenco de 2022 fez a decisão do Paulista e terá a da Sul-Americana pela frente.
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