O técnico Rogério Ceni ficou satisfeito com o desempenho do São Paulo na derrota para o Flamengo por 2 a 0, em casa, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.

Na avaliação do técnico, o desempenho tricolor foi interessante, mas o gol marcado por Gabigol no final da partida pode enviesar as análises da partida.

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"Estava 1 a 0 e o jogo era parelho. Aí, na última bola, que poderia ser um gol nosso, perdemos [a chance] e eles fizeram 2 a 0. Talvez esse segundo gol dê uma conotação diferente. Mas, antes de sair o gol, o jogo estava parelho", afirma.
"O São Paulo não teve medo, jogou de igual para igual. Eu me sinto bem com a maneira como a equipe se comportou, mas mal com o resultado. Era um jogo que já sabíamos que seria difícil", analisou Ceni.
Virada do Palmeiras tirou time do prumo
Rogério Ceni foi sincero ao analisar as chances do time paulista seguir na briga pelo título do Campeonato Brasileiro.
"[Chegamos a disputar a ponta], mas essa não é mais a realidade. Não tenho como esconder. Mas, sim, temos de melhorar a pontuação para não passarmos a mesma situação do ano passado", explicou.
Para o treinador, o jogo que definiu a sorte do São Paulo na competição foi a derrota de virada para o Palmeiras, em 20 de junho, quando o time vencia no Morumbi, mas levou a virada nos instantes finais.
"O jogo que vencíamos o Palmeiras e tomamos a virada [foi o início da queda de desempenho]. Ganhando, a gente ia ficar a três pontos do líder, mas perdemos e ficamos a nove. Depois, tivemos que repetir o mesmo time contra o Palmeiras [pela Copa do Brasil]. Ali as coisas começaram a desencaixar", afirmou.
Embora a Copa do Brasil e a Sul-Americana sejam as duas possibilidades reais de título para o time, Ceni fez críticas à disputa dos torneios, que acabam atrapalhando a campanha no Brasileirão por conta do apertado calendário de competições.
"Eu queria dar mais foco ao Brasileiro, mas não tenho como. Não posso abrir mão [das Copas]. As copas só não são ilusórias para quem as ganha. Porque enquanto você está nelas, sempre tem um jogo decisivo na quarta, e isso impede você de dar foco no Brasileiro", concluiu.
Veja outras respostas do técnico:
Bate-boca entre Galoppo e Pablo Maia
"Não percebi discussão, vi que chegaram no vestiário falando, cobrando. Deve ser pelo último lance. Não tem essa coisa de culpado, não existe isso. Era uma bola para ter levantado na área, o último lance, o Pablo dá o passe, o Rodriguinho toma a decisão errada, perde a bola, propicia o contra-ataque basicamente com o jogo encerrado. Poderíamos ter tido uma bola a mais na área, tivemos um gol sofrido, o que às vezes até traz uma avaliação enganosa do jogo, porque estava 1 a 0 e o jogo estava bem parelho. Eu não vi nada dentro do campo, escutei quando cheguei no vestiário, por isso já intervim. Mas se estão se cobrando melhor, podia ser pior, todo mundo calado. Melhor brigar um pouco. Isso é importante pro time, se quiser ter personalidade, é assim que se faz. Cada um tem que aprender, amadurecer assim. Aqui a gente não tem jogadores prontos, a gente não contrata, a gente não põe Everton Ribeiro e Arrascaeta no final, a gente coloca garotos. E é assim que eles vão amadurecer, jogando contra equipes boas, como é o Flamengo, equipes que têm talento, e competindo de igual pra igual."
Situação delicada no Brasileiro
"Eu não quero passar susto no Brasileiro, mas não posso abrir mão da copa. Vou lutar como lutamos com o Flamengo até o final. Eu prometi que seria um time competitivo e dentro das características e é o que vem sendo. O torcedor sai magoado pelo resultado, e eu também saio, mas olhe bem, eles compram jogadores prontos, nós formamos jogadores. Cada um dentro das suas possibilidades."

Desempenho contra o Flamengo
"Hoje era previsto que seria um jogo complicado, difícil. Até acho que fizemos um jogo bem satisfatório em nível de competitividade, de igualdade de jogo. É claro que no final vamos cansando, não temos tanta alternativa, eles estão descansados e colocam os melhores jogadores… mesmo assim tivemos até o último minuto a chance de empatar a partida."
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