Considerado um dos pivôs dos problemas de relacionamento no ataque são-paulino que acelerou o desgaste com o ex-técnico Muricy Ramalho, o atacante Borges minimizou a situação nesta terça-feira de manhã, após a reapresentação do grupo.
O camisa 17, que já foi ao mircofone inúmeras vezes reclamar da condição de reserva da equipe, disse que não possui nenhum problema com Washington e Dagoberto, seus concorrentes por uma vaga no ataque Tricolor e ainda rasgou elogios ao camisa 9, que não teria um bom ambiente no Morumbi.
- Não existe situação nenhuma contra o Washington. Ele é um cara de grupo, de caráter, não existe "disse me disse" envolvendo ele. Não tem ninguém torcendo contra. Já criou-se isso nos anos anteriores e estamos dispostos a ajudá-lo, para que acabe esta situação - defendeu o jogador.
Borges foi um dos jogadores que irritou-se com Muricy Ramalho, especialmente depois do primeiro jogo contra o Cruzeiro, pelas quartas-de-final da Copa Libertadores. Ele deixou o vestiário do Mineirão reclamando pelo fato de ter iniciado a partida na reserva, mesmo tendo ficado uma semana recuperando-se de uma pancada na cabeça no departamento médico. O jogador aproveitou para se defender das suposições que ajudou a desestabilizar o ambiente.
- Futebol é tudo resultado. Quando se vence não falam nada. Não acredito que isso tenha sido o fator para as coisas não darem certo. Não vejo o motivo destas colocações. Criam as coisas quando o resultado não aparece. Vejo todo mundo querendo jogar e buscando o seu espaço. Não adianta agora criar situações - irritou-se.
Outra polêmica envolvendo o camisa 17 é com relação à renovação do seu contrato. Ele tem vínculo com o Sampa até o fim deste ano e, a partir do próximo dia 1º, poderá assinar um pré-contrato com qualquer equipe, seja ela do Brasil, ou do exterior.
Se isso ocorrer, Borges vai deixar o São Paulo no fim do ano sem que o clube receba nenhuma quantia.