A arbitragem de Sálvio Spínola Fagundes Filho gerou opiniões divergentes depois do empate por 2 a 2 entre Palmeiras e São Paulo, neste domingo. Depois de a diretoria do São Paulo ter criticado bastante a escalação do apitador antes mesmo de a bola rolar, o técnico Muricy Ramalho aprovou o desempenho do profissional no estádio Palestra Itália.
“Eu não falo de arbitragem, porque a maioria dos técnicos que fala é para se desculpar por erros. Eu me preocupo em fazer meu time jogar. Se ele é da Fifa, está preparado. O que eu sei é que ele é correto e honesto, e ele expulsou bem”, analisou o treinador são-paulino, citando os cartões vermelhos para Borges, Diego Souza e Roque Júnior.
Já o palmeirense Wanderley Luxemburgo, que durante a semana mostrou preocupação com a cobrança antecipada que Sálvio sofria, acredita que o jogo mostrou que o árbitro não está pronto para ir a uma Copa do Mundo.
“Eu não vi sacanagem em escalar o Sálvio. Esta era uma oportunidade de ele passar por um julgamento e provar se tem condições de ir para uma Copa do Mundo. E mostrou que não está pronto, na minha opinião”, afirmou.
Luxemburgo apontou acertos do árbitro em lances polêmicos, mas também viu erros na interpretação de outras jogadas. “O pênalti existiu (de Léo Lima sobre Jean), e o Roque foi expulso corretamente. O que tenho que reclamar é que houve uma falta de ataque no Sandro Silva, ele não deu e na seqüência aconteceu o pênalti”.
Depois dos elogios de Muricy e das ressalvas de Luxemburgo, o atacante são-paulino Dagoberto reclamou da faltas que recebeu e acredita que o árbitro foi conivente com estas jogadas.
“Bastante (conivente), todo mundo está vendo o que ele está fazendo. É muito fácil julgar o jogador, mas é bom analisar o que os árbitros estão fazendo também”, reclamou.