“Pela estrutura que o clube tem e pelas oportunidades e número de vagas que existem hoje, não vejo o São Paulo longe da Libertadores por mais de um ano. Se não estiver em 2011, estará em 2012.”
Foi o que Rogério Ceni me disse há cerca de dois meses, por telefone. O técnico do São Paulo ainda era o interino Sérgio Baresi, mas o capitão do time já previa que desta vez “não iria rolar”… Sabia que a sua língua queimaria… “Com todo respeito à Copa do Brasil, mas eu não consigo me ver jogando em Macapá [capital do Amapá], e sim em Maracaíbo [na Venezuela].” Lembram da célebre frase dele em 2008? Pois bem…
Depois de sete participações consecutivas no principal torneio sul-americano, o São Paulo está virtualmente fora. Muito porque abusou do direito de errar, em todas as frentes, em 2010 – planejou mal, contratou mal, dispensou mal, preparou-se mal, modificou mal… Não merecia, em última instância, a classificação.
Vai ter de voltar a jogar a Copa do Brasil (o que não acontece desde 2003), enquanto seus principais rivais (Corinthians, Palmeiras e Santos) provavelmente brigarão pela Libertadores – para desespero de Rogério Ceni e dos torcedores do time.
Quer um lado bom nessa história, são-paulino? O clube vai ter a oportunidade de fazer enfim marketing nacional, e turbinar a sua enorme torcida espalhada pelo país (os jogos em Fortaleza e Uberlândia mostraram um pouco desta realidade).
Mais: a chance de ganhar um título no ano que vem passa a ser maior. No Brasil é assim. Quem vai mal em um ano, tem mais chance de troféu no ano seguinte.
O ciclo virtuoso do São Paulo, que começou em 2004, está acabando. Isso acontece com qualquer clube. A missão tricolor é mostrar que seu período de alta dura mais em relação aos adversários e o período de baixa, menos. Apenas isso.
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