Sim, não há como negar.
Léo não fez pênalti em Ricardo Oliveira.
O atacante cavou a falta e além disso foi fora da área.
Nielson Nogueira Dias estragou o ótimo jogo marcando a penalidade inexistente.
Rogério Ceni não perdoou e fez 2 a 0.
Antes, o jovem Lucas havia feito um golaço, driblando com personalide, Fábio.
Mesmo com Nielson Nogueira Dias, o São Paulo foi muito melhor do que o Cruzeiro.
Ou melhor: Paulo Cesar Carpegiani colocou Cuca no bolso, como diziam os cronistas dos anos 60...
O treinador cumpriu o que prometeu, o que treinou diante de todos.
Colocou seu time para atacar na casa do adversário.
Pouco importava que o Cruzeiro está brigando lá no alto pelo título.
Carpegiani é franco atirador em busca do sonho de uma vaga para a Libertadores.
Realmente, ele não tem nada a perder.
Se não conseguir, tudo bem.
Herdou uma campanha modesta para as tradições do São Paulo.
Ricardo Gomes, Sérgio Baresi e a disputa da Libertadores de 2010 contribuíram para a difícil situação.
Agora, se o time paulista chegar de novo na competição que ama, Carpegiani será canonizado.
Diante do Cruzeiro, ele colocou um meio de campo ágil, leve e Fernandão, Dagoberto e Ricardo Oliveira juntos.
Já Cuca o máximo de ousadia que teve foi colocar Gilberto ao lado de Montillo.
No mais, seu time entrou no 4-4-2, estático, sem criatividade ou jogadas pela lateral.
Montillo, melhor jogador do Brasileiro, não conseguiu jogar o que sabe.
Foi muito bem cercado por Rodrigo Souto, Carlinhos Paraíba e Jean.
Eles foram orientados para antecipar, não deixar Montillo dominar a bola e levantar a cabeça.
A principal jogada de ataque cruzeirense estava desarmada.
Já o São Paulo conseguiu atuar de forma compacta, firme, decidida.
Por vários momentos parecia que estava em casa.
Ganhou a partida na personalidade.
Nem parecia que o Cruzeiro estava jogando a chance de disparar na liderança do Brasileiro.
Os comandados de Cuca sabiam que o Fluminense havia empatado com o Internacional.
A torcida azul não perdoou e em vários momentos do jogo vaiou sua equipe.
A atuação foi mais do que decepcionante.
Quando o time precisou de Cuca, ele refugou.
Quem deveria buscar o ataque em todo o instante e provar que merece ser campeão do Brasil era o Cruzeiro.
Estava apático diante da marcação.
Não havia plano B, jogadas ensaiadas, nada.
Tudo era mais do mesmo...
Mas o ímpeto, a coragem e o talento do São Paulo se impôs.
Nem parecia o time de 2010.
Lembrou a equipe de anos atrás, que acumulava títulos.
Era a melhor do Brasil.
E vai continuar tentando embalar na busca de uma vaguinha para a Libertadores.

Foto: Rubens Chiri/site oficial
Enquanto isso, o Cruzeiro precisa lamber as feridas.
Pode reclamar quanto quiser do árbitro pernambucano Nielson.
O erro foi gravíssimo no pênalti inexistente.
Mas o time azul já entrou derrotado para o importantíssimo jogo.
Quando a equipe mais está precisando de Cuca, o treinador está decepcionando.
Nas duas últimas partidas, diante da sua torcida, duas derrotas.
Seis gols sofridos e três marcados.
Isso não é ímpeto de campeão...
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