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Feliz, Oliveira cobra diretoria tricolor: 'Eles precisam mostrar o que querem'

Atacante não esconde que gostaria de continuar no clube do Morumbi em 2011, mas deixa claro que não vai procurar os dirigentes para conversar

Ricardo Oliveira está de bem com a vida. Depois de ficar um ano escondido no Al-Jazira, dos Emirados Árabes, ele cansou de viver no ostracismo. A saudade das grandes competições, do carinho dos torcedores e o sonho de voltar a vestir a camisa da seleção brasileira fizeram ele retornar para o Brasil. E, em sua segunda passagem pelo São Paulo, o camisa 99 mostra que é que nem vinho: o tempo passa e ele fica cada vez melhor.

Contra o Atlético-PR, Ricardo Oliveira marcou um golaço de bico e fez o seu oitavo gol em 15 partidas disputadas na temporada 2010 (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)

Com o gol marcado contra o Atlético-PR, o goleador já superou sua média de gols da primeira passagem pelo clube do Morumbi, ocorrida em 2006. Há quatro anos, ele marcou seis gols em 12 partidas, média de 0,50 gol por jogo. Agora, já são oito em 15 jogos, média de 0,53. E o atacante quer mais. Quer ficar no Tricolor pelo menos por mais seis meses. Nessa entrevista exclusiva concedida ao GLOBOESPORTE.COM, ele conta da alegria de que ainda tem muita lenha para queimar e pede para a diretoria do Sâo Paulo se posicionar sobre o interesse de mantê-lo ou não em 2011.

Sua média de gols de 2010 já superou 2006. Isso mostra que você é que nem vinho, quanto mais velho melhor?

Eu poderia falar muito sobre isso, mas prefiro mostrar dentro de campo. Estou marcando gols, me entrego demais em cada jogo. Estou feliz de ajudar a equipe. Vivo uma ótima fase, voltei a ficar em evidência. Só de ter o nome comentado para defender a seleção brasileira já é uma alegria muito grande.

Por que o seu estilo casa tão bem com o São Paulo?

É uma coisa engraçada, todos falam isso. Eu só posso dizere que me dei muito bem aqui. Me sinto em casa. A diretoria e a torcida gostam muito de mim. Sempre vi o São Paulo jogar e era um estilo ofensivo, com jogadores de elegância, como Raí, Kaká, Palhinha, entre outros. Me idenitifiquei demais aqui e hoje todos relacionam o meu nome ao clube.

Sa situação contratual está indefinida. No seu contrato, existe uma opção de renovação por mais seis meses, mas a verdade é que hoje, você tem apenas mais seis jogos pelo Tricolor. Como faz para não deixar que isso influencie o seu futebol?

Não é fáci. Se você não tiver cabeça boa, não segura a barra e seu rendimento cai em campo. A verdade é que sou profissional, estou muito focado no que ainda tenho de fazer nessa reta final. Sou pago para jogar e marcar gols pelo São Paulo. Não é fácil saber que posso ir embora. No âmbito familiar, fica uma interrogação e você rematricula os filhos na escola aqui em São Paulo e lá nos Emirados. O resto depois a gente vê o que acontece. Nunca escondi de ninguém que quero continuar aqui, onde me sinto feliz. Só gostaria de chegar ao fim da temporada com essa questão resolvida. Eles precisam definir isso. Não preciso procurar a diretoria. Eu já deixei claro que quero continuar, agora é com eles. Se fosse unilateral, já estaria definido,mas existem outras partes que defendem os seus direitos e eu preciso respeitar.

Você pode ter convencer os donos do Al-Jazira a permanecer?

Eu posso falar e ter liberdade de mostrar o que eu quero. Mas o meu contrato lá vai até 2013 e não vou entrar em litígio ou brigar, não sou um garoto.É claro que vou demonstrar a minha vontade. Eu tenho muita esperança de jogar pelo menos seis meses no São Paulo. Eu ficaria independente da Libertadores. Se for da vontade da diretoria, eu fico para jogar a Copa do Brasil, não tem problema.

Depois de tanto tempo longe dos holofotes nos Emirados, como se sente em mostrar que você está tão bom quanto antes?

É bom estar de volta para todo mundo ver que sou igual ao que era antes. Voltei por causa disso. Tenho 30 anos e, se fosse apenas por dinheiro, estaria lá até agora. Ainda me sinto competitivo. No mundo árabe, você treina uma vez por dia, joga uma vez por semana. Não é isso que eu quero da minha carreira. Quero disputar competições importantes, jogar pela seleção de novo, brigar por títulos, ser artilheiro e mostrar o meu valor. Eu servi a seleção por três anos e só perdi a Copa de 2006 por causa de uma contusão. Minha qualidade é a mesma de antes, mas hoje todos estão acompanhando.

Para quem não tem ideia, sua rotina lá é muito diferente?

Demais, não tem como comparar. Pela manhã, não se treina porque é um calor absurdo. Fico na praia do meu condomínio ou na piscina. Muitas vezes, você só treina à noite e vai a campo depois de ter tomado café da manhã, ter almoçado e jantado. E, se não se cuidar, engorda mesmo. Por isso que alguns jogadores quando retornam para o Brasil sofrem para entrar no ritmo aqui. Comigo isso não aconteceu porque sempre fui muito profissional. Perdi alguns jogos aqui no São Paulo por causa de uma tendinite decorrente da cirurgia que fiz no joelho. É por isso que eu gostaria de continuar por aqui. Ainda tenho fome de títulos. Se voltar ao Al-Jazira no ano que vem, posso esquecer seleção brasileira porque ninguém acompanha o que acontece por lá.

O que v ocê pode dizer sobre o time do São Paulo? Muitos diziam que você não podia jogar junto com o Fernandão. Esse tipo de comentário te incomoda?

Sou um cara que analiso futebol. Não sei da onde dizem que eu e Fernandão não podemos jogar juntos. Isso não existe. Se você observar a minha função e a do Fernandão, é completamente diferente. O Fernando jogou comigo e o Dagoberto contra o Atlético e foi perfeito. Ele fez o meio-campo, parou a bola, chegou, chutou, deu passes, marcou, assim como eu e o Dagoberto. Essa comparação é difícil de entender, mas com o que mostramos na última partida, isso está definitivamente encerrado. Quanto ao time, estamos crescendo. Tivemos uma queda contra o Ceará, mas já demos a resposta logo na partida seguinte. Vamos brigar até o fim. Eu queria falar para você que vamos lutar pelo título, mas seria incoerente da minha parte. Mas posso te garantir que vou lutar com todas as minhas forças para que o São Paulo esteja na Libertadores no ano que vem.





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