No início das obras, estádio ainda ficava isolado
O São Paulo está em festa neste sábado. Não pelo desempenho do time no Campeonato Brasileiro, mas sim pelo aniversário do patrimônio mais adorado por dirigentes e torcedores do clube. Neste dia 2 de outubro de 2010, o estádio do Morumbi completa 50 anos de existência.
De 1960 para cá, o estádio foi palco de títulos e fracassos do Tricolor e, mais recentemente, também intensificou sua importância nas apresentações de grandes shows musicais e na diversificação de atividades.
As mudanças de rumos fazem a diretoria prever um lucro de R$ 40 milhões com o estádio neste ano. Mas o que também ficou marcado negativamente na história do Cícero Pompeu de Toledo foi a exclusão do cronograma para a Copa do Mundo de 2014.
O presidente Juvenal Juvêncio sempre apostou na "casa sacrossanta" para a abertura da edição do Brasil no Mundial. Porém, uma longa novela de atritos políticos com a Confederação Brasileira de Futebol e de críticas da Fifa acabou com o veto ao estádio.
"Foi a grande frustração, mas os são-paulinos mostraram a pujança em construir o Concept Hall antes mesmo da Copa. Foi um baque, mas a guerra lá na frente está estabelecida. Assimilamos o golpe e vamos preparar o estádio com calma para jogos e shows", afirmou o vice-presidente de marketing do Tricolor, Júlio Casares, um dos principais responsáveis pela mudança de rumos na utilização do Morumbi e ainda sem descartar a participação na Copa de 2014.
"Vamos fazer toda a modernização. Se a Fifa quiser, ele esta à disposição. Não descarto ainda a possibilidade de ser palco de alguns jogos da Copa, pois está próximo de rede hoteleira importante e tem condições de abrigar", completou.
Apesar da exclusão oficial da Copa, o Tricolor segue no caminho de transformar seu estádio em uma casa multiuso. Desde 2002, o Morumbi não dá mais ênfase apenas aos jogos, mas também a camarotes corporativos e empreendimentos no até então desvalorizado anel térreo.
"Constatamos que o Morumbi está encravado entre três shoppings e em um metro quadrado valorizado. Por que não utilizá-lo nos dias normais de semana? Por isso criei o Concept Hall, hoje com megaloja, restaurantes, livraria, buffet infantil, academia... Com isso, três mil pessoas passam por dia no estádio, mesmo sem jogos. O futebol passa a ser detalhe. Era deficitário em 2002 e hoje fatura", acrescentou Casares.
Até o fim deste ano, o Cícero Pompeu de Toledo receberá ainda os shows de Bon Jovi, Rush, Black Eyed Peas e Paul McCartney. Em média, o Tricolor ganha R$ 1 milhão cada vez que aluga o espaço para uma apresentação musical.

O estádio começou a receber jogos ainda com a arquibancada inacab
O que não colabora para a festa ser ainda maior no aniversário do estádio é o desempenho do próprio time do São Paulo, que vem apresentando uma campanha com fiascos em sua casa neste Campeonato Brasileiro. O mais recente vexame foi a derrota por 3 a 0 para o Goiás, que briga para não ser rebaixado.
Mas o tropeço diante do time esmeraldino não foi o único nesta competição. Até o momento, sob forte crise e sem um técnico efetivo, o Tricolor deixou escapar 18 pontos em casa e está bem distante do sonho de garantir mais uma vaga na Copa Libertadores da América. Aliás, uma das maiores conquistas do clube, o tricampeonato do torneio, foi comemorado justamente no gramado do Cícero Pompeu de Toledo, em 2005.
Mas o Morumbi também já teve interferência em campo em outras épocas. Idealizado em 1952, o estádio consumiu boa parte dos recursos do clube na época de sua construção e isso refletiu em um time com menos força. Desde a inauguração, em 1960, o local criou controvérsia, em função da suposta ajuda do poder público para o clube conseguir o terreno (um dos maiores entusiastas do Morumbi foi Laudo Natel, ex-presidente são-paulino e importante político estadual da época). O ex-governador paulista, porém, nega que o estádio tenha recebido dinheiro público.

Ceni levantou a Libertadores de 2005 em casa
No dia 2 de outubro de 1960, a partida contra o Sporting Lisboa marcou a inauguração do estádio, ainda incompleto, sem parte das arquibancadas. Naquela partida, 56.448 torcedores compareceram, mas havia a promessa de chegar a 150 mil lugares depois de pronto. E o público ainda queria mais espaço para a inauguração. Segundo reportagem do jornal A Gazeta Esportiva do dia seguinte do jogo inaugural, "milhares de pessoas não puderam chegar ao estádio, pelas deficiências do trânsito".
Coube ao são-paulino Peixinho marcar o primeiro gol do campo, na vitória por 1 a 0 sobre os portugueses. Apenas a atitude de um grupo de torcedores não deixou a festa passar sem deslizes, já que há relatos de baderna com quebra de cadeiras, portas e sanitários.
O estádio só foi concluído em 25 de janeiro de 1970, com uma grande festa, que reuniu autoridades nacionais e gerou uma onda de propagandas de felicitações de gigantes companhias da época. Mais uma vez, o adversário foi um clube de Portugal, mas sem vitória são-paulina: empate por 1 a 1 com o Porto.
Na trajetória da casa são-paulina, curiosamente, o recorde de público pertence justamente ao rival Corinthians, na partida que marcou o fim do jejum alvinegro, em 9 de outubro de 1977. O jogo contra a Ponte Preta levou 146.072 espectadores ao local.
O projeto de modernização atual prevê que a capacidade do local deverá ficar em torno de 62 mil lugares, o que deixa impossível superar os números anteriores. Por enquanto, permeado por shows e eventos, a expectativa da torcida são-paulina fica para a melhora do time no histórico gramado.
O São Paulo está em festa neste sábado. Não pelo desempenho do time no Campeonato Brasileiro, mas sim pelo aniversário do patrimônio mais adorado por dirigentes e torcedores do clube. Neste dia 2 de outubro de 2010, o estádio do Morumbi completa 50 anos de existência.
De 1960 para cá, o estádio foi palco de títulos e fracassos do Tricolor e, mais recentemente, também intensificou sua importância nas apresentações de grandes shows musicais e na diversificação de atividades.
As mudanças de rumos fazem a diretoria prever um lucro de R$ 40 milhões com o estádio neste ano. Mas o que também ficou marcado negativamente na história do Cícero Pompeu de Toledo foi a exclusão do cronograma para a Copa do Mundo de 2014.
O presidente Juvenal Juvêncio sempre apostou na "casa sacrossanta" para a abertura da edição do Brasil no Mundial. Porém, uma longa novela de atritos políticos com a Confederação Brasileira de Futebol e de críticas da Fifa acabou com o veto ao estádio.
"Foi a grande frustração, mas os são-paulinos mostraram a pujança em construir o Concept Hall antes mesmo da Copa. Foi um baque, mas a guerra lá na frente está estabelecida. Assimilamos o golpe e vamos preparar o estádio com calma para jogos e shows", afirmou o vice-presidente de marketing do Tricolor, Júlio Casares, um dos principais responsáveis pela mudança de rumos na utilização do Morumbi e ainda sem descartar a participação na Copa de 2014.
"Vamos fazer toda a modernização. Se a Fifa quiser, ele esta à disposição. Não descarto ainda a possibilidade de ser palco de alguns jogos da Copa, pois está próximo de rede hoteleira importante e tem condições de abrigar", completou.
Apesar da exclusão oficial da Copa, o Tricolor segue no caminho de transformar seu estádio em uma casa multiuso. Desde 2002, o Morumbi não dá mais ênfase apenas aos jogos, mas também a camarotes corporativos e empreendimentos no até então desvalorizado anel térreo.
"Constatamos que o Morumbi está encravado entre três shoppings e em um metro quadrado valorizado. Por que não utilizá-lo nos dias normais de semana? Por isso criei o Concept Hall, hoje com megaloja, restaurantes, livraria, buffet infantil, academia... Com isso, três mil pessoas passam por dia no estádio, mesmo sem jogos. O futebol passa a ser detalhe. Era deficitário em 2002 e hoje fatura", acrescentou Casares.
Até o fim deste ano, o Cícero Pompeu de Toledo receberá ainda os shows de Bon Jovi, Rush, Black Eyed Peas e Paul McCartney. Em média, o Tricolor ganha R$ 1 milhão cada vez que aluga o espaço para uma apresentação musical.

O estádio começou a receber jogos ainda com a arquibancada inacab
O que não colabora para a festa ser ainda maior no aniversário do estádio é o desempenho do próprio time do São Paulo, que vem apresentando uma campanha com fiascos em sua casa neste Campeonato Brasileiro. O mais recente vexame foi a derrota por 3 a 0 para o Goiás, que briga para não ser rebaixado.
Mas o tropeço diante do time esmeraldino não foi o único nesta competição. Até o momento, sob forte crise e sem um técnico efetivo, o Tricolor deixou escapar 18 pontos em casa e está bem distante do sonho de garantir mais uma vaga na Copa Libertadores da América. Aliás, uma das maiores conquistas do clube, o tricampeonato do torneio, foi comemorado justamente no gramado do Cícero Pompeu de Toledo, em 2005.
Mas o Morumbi também já teve interferência em campo em outras épocas. Idealizado em 1952, o estádio consumiu boa parte dos recursos do clube na época de sua construção e isso refletiu em um time com menos força. Desde a inauguração, em 1960, o local criou controvérsia, em função da suposta ajuda do poder público para o clube conseguir o terreno (um dos maiores entusiastas do Morumbi foi Laudo Natel, ex-presidente são-paulino e importante político estadual da época). O ex-governador paulista, porém, nega que o estádio tenha recebido dinheiro público.

Ceni levantou a Libertadores de 2005 em casa
No dia 2 de outubro de 1960, a partida contra o Sporting Lisboa marcou a inauguração do estádio, ainda incompleto, sem parte das arquibancadas. Naquela partida, 56.448 torcedores compareceram, mas havia a promessa de chegar a 150 mil lugares depois de pronto. E o público ainda queria mais espaço para a inauguração. Segundo reportagem do jornal A Gazeta Esportiva do dia seguinte do jogo inaugural, "milhares de pessoas não puderam chegar ao estádio, pelas deficiências do trânsito".
Coube ao são-paulino Peixinho marcar o primeiro gol do campo, na vitória por 1 a 0 sobre os portugueses. Apenas a atitude de um grupo de torcedores não deixou a festa passar sem deslizes, já que há relatos de baderna com quebra de cadeiras, portas e sanitários.
O estádio só foi concluído em 25 de janeiro de 1970, com uma grande festa, que reuniu autoridades nacionais e gerou uma onda de propagandas de felicitações de gigantes companhias da época. Mais uma vez, o adversário foi um clube de Portugal, mas sem vitória são-paulina: empate por 1 a 1 com o Porto.
Na trajetória da casa são-paulina, curiosamente, o recorde de público pertence justamente ao rival Corinthians, na partida que marcou o fim do jejum alvinegro, em 9 de outubro de 1977. O jogo contra a Ponte Preta levou 146.072 espectadores ao local.
O projeto de modernização atual prevê que a capacidade do local deverá ficar em torno de 62 mil lugares, o que deixa impossível superar os números anteriores. Por enquanto, permeado por shows e eventos, a expectativa da torcida são-paulina fica para a melhora do time no histórico gramado.
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