Juvenal Juvêncio conversou com os jornalistas após
o desembarque da delegação são-paulina
(Foto: Tiago Leme / GLOBOESPORTE.COM)



Juvenal Juvêncio já fez sua autocrítica para concordar que precisa procurar um técnico efetivo ainda este ano, pois o baixo custo com Sérgio Baresi não surte efeito na classificação do Campeonato Brasileiro. Porém, o presidente do São Paulo está disposto a gastar apenas com a nova comissão técnica, já que o elenco mais barato vem agradando.

Depois de investir em contratação de jogadores rodados e experientes no início da temporada, o mandatário do Tricolor está contente com a ascensão de jovens promessas da base que ganham "muito pouco" e alfinetou adversários com salários atrasados.

"Vejo aqui e acolá que clubes de grande tradição atrasam salários. Isso não é bom. Sei quanto pagam alguns times do Rio a jogadores que voltaram ao Brasil depois do exterior. O São Paulo tem crédito, mas quer ganhar. Acreditamos em nossa base. Temos 100% desses garotos e eles ganham pouco, muito pouco", afirmou o dirigente, que já revelou pagar R$ 10 mil mensais ao técnico Sérgio Baresi.

O caso mais claro atualmente de dificuldades para arcar com a folha de pagamento do elenco é o do Palmeiras, que acaba de acertar uma parte dos direitos de imagens atrasados.

Já no São Paulo, Sérgio Baresi vem escalando os garotos Casemiro e Lucas (ex-Marcelinho) entre os profissionais, deixando também como opções o goleiro Richard, o zagueiro Bruno Uvini, o volante Zé Vitor e o atacante Lucas Gaúcho, além de outros que já vinham treinando com o elenco principal, como Sérgio Mota, Diogo e Wellington (em recuperação de cirurgia).

Pelas declarações de Juvenal Juvêncio, a tendência é que as revelações ganhem ainda mais espaço no clube em 2011, reforçando a aposta no Centro de Formação de Atletas de Cotia.

"Há clubes que pagam salários que não podem, até mais que os europeus, que estão quebrados. Há 20 times espanhóis na concordata, e este era o primeiro mundo que comprava nossos jogadores. Quando o São Paulo visualiza Cotia, percebe o novo momento, porque o futebol precisa repensar seus valores, sua administração e seu futuro", finalizou.